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Ações sobem, mesmo depois de S&P cortar nota do Brasil

Bovespa avançava nesta terça-feira, em seu sétimo dia seguido de alta

Prédio da Bovespa: às 11h22, o Ibovespa subia 0,46 por cento, a 48.224 pontos. O giro financeiro do pregão era de 1,64 bilhão de reais (Nacho Doce/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 25 de março de 2014 às 11h39.

São Paulo - A Bovespa avançava nesta terça-feira, em seu sétimo dia seguido de alta, mesmo após a Standard & Poor's cortar a nota de crédito do Brasil, com agentes financeiros afirmando que o risco de um rebaixamento já estava precificado pelo mercado e que a perspectiva "estável" da nota traz alívio a investidores.

Às 11h22, o Ibovespa subia 0,46 por cento, a 48.224 pontos. O giro financeiro do pregão era de 1,64 bilhão de reais.

O movimento de alta seguia após o índice ter atingido em 14 de março o menor nível de fechamento desde abril de 2009, abaixo dos 45 mil pontos.

Na véspera, após o fechamento do mercado, a agência de classificação de risco Standard & Poor's cortou o rating soberano do Brasil para "BBB-", a faixa mais baixa da categoria de grau de investimento, ante "BBB", com perspectiva estável.

O movimento não foi exatamente uma surpresa para agentes financeiros, com a maioria dos investidores já precificando uma probabilidade significativa de rebaixamento. "O mercado não precisou esperar a agência de rating para ir descontando o preço. Em outubro do ano passado, quando começou a fazer as projeções para 2014, já fez isso", disse o diretor técnico da Apogeo Investimentos, Paulo Bittencourt. Ele acrescentou que a alta da bolsa nesta terça-feira é um respiro do mercado, que entende que o alerta da S&P pode ser uma oportunidade para o governo fazer mudanças na política fiscal.

Além disso, a perspectiva estável da nota da S&P foi recebida como um alívio. "O pior pesadelo das pessoas era um 'downgrade' mantendo a perspectiva negativa", afirmou o BNP Paribas, em relatório.


Analistas do Credit Suisse disseram não esperar uma mudança significativa nos preços, mas acrescentaram que a decisão pode impactar os custos de financiamento externo de várias companhias brasileiras, particularmente as controladas pelo governo, assim como emissões externas de dívida nos próximos meses.

As ações preferenciais da estatal Petrobras, cujo rating foi reduzido para "BBB-" pela S&P na sequência do rebaixamento da dívida soberana, operavam em alta. Já as preferenciais da Eletrobras, cuja nota também caiu para "BBB-", tinham leve baixa. A mineradora Vale era a maior influência de alta sobre o Ibovespa no fim da manhã, com suas ações preferenciais subindo mais de 1 por cento.

A produtora de carnes JBS operava com pouca variação, depois de divulgar que seu lucro mais que dobrou no quarto trimestre, mas em resultado aquém da expectativa média do mercado.

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São Paulo - A Bovespa avançava nesta terça-feira, em seu sétimo dia seguido de alta, mesmo após a Standard & Poor's cortar a nota de crédito do Brasil, com agentes financeiros afirmando que o risco de um rebaixamento já estava precificado pelo mercado e que a perspectiva "estável" da nota traz alívio a investidores.

Às 11h22, o Ibovespa subia 0,46 por cento, a 48.224 pontos. O giro financeiro do pregão era de 1,64 bilhão de reais.

O movimento de alta seguia após o índice ter atingido em 14 de março o menor nível de fechamento desde abril de 2009, abaixo dos 45 mil pontos.

Na véspera, após o fechamento do mercado, a agência de classificação de risco Standard & Poor's cortou o rating soberano do Brasil para "BBB-", a faixa mais baixa da categoria de grau de investimento, ante "BBB", com perspectiva estável.

O movimento não foi exatamente uma surpresa para agentes financeiros, com a maioria dos investidores já precificando uma probabilidade significativa de rebaixamento. "O mercado não precisou esperar a agência de rating para ir descontando o preço. Em outubro do ano passado, quando começou a fazer as projeções para 2014, já fez isso", disse o diretor técnico da Apogeo Investimentos, Paulo Bittencourt. Ele acrescentou que a alta da bolsa nesta terça-feira é um respiro do mercado, que entende que o alerta da S&P pode ser uma oportunidade para o governo fazer mudanças na política fiscal.

Além disso, a perspectiva estável da nota da S&P foi recebida como um alívio. "O pior pesadelo das pessoas era um 'downgrade' mantendo a perspectiva negativa", afirmou o BNP Paribas, em relatório.


Analistas do Credit Suisse disseram não esperar uma mudança significativa nos preços, mas acrescentaram que a decisão pode impactar os custos de financiamento externo de várias companhias brasileiras, particularmente as controladas pelo governo, assim como emissões externas de dívida nos próximos meses.

As ações preferenciais da estatal Petrobras, cujo rating foi reduzido para "BBB-" pela S&P na sequência do rebaixamento da dívida soberana, operavam em alta. Já as preferenciais da Eletrobras, cuja nota também caiu para "BBB-", tinham leve baixa. A mineradora Vale era a maior influência de alta sobre o Ibovespa no fim da manhã, com suas ações preferenciais subindo mais de 1 por cento.

A produtora de carnes JBS operava com pouca variação, depois de divulgar que seu lucro mais que dobrou no quarto trimestre, mas em resultado aquém da expectativa média do mercado.

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