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Ações de varejo perdem com FGTS menor e bolsa cai na estreia de balanços

Ação do Santander subiu com balanço positivo e Cielo perdeu mais de 3% antes de divulgar seus resultados

B3 (B3SA3) reajusta valor a ser pago em seus dividendos do segundo trimestre  (Patricia Monteiro/Bloomberg)

B3 (B3SA3) reajusta valor a ser pago em seus dividendos do segundo trimestre (Patricia Monteiro/Bloomberg)

TL

Tais Laporta

Publicado em 23 de julho de 2019 às 17h47.

Última atualização em 23 de julho de 2019 às 17h51.

O maior índice de ações da B3 fechou em leve baixa nesta terça-feira, primeiro dia da safra de balanços do segundo trimestre. O dia também foi marcado pelo impacto negativo sobre o varejo, com a notícia de que a liberação do FGTS será limitada a R$ 500. As construtoras, por sua vez, avançaram.

O Ibovespa teve baixa de 0,24%, a 103.704,28 pontos, enquanto o giro financeiro da sessão somou 10,6 bilhões de reais.

O otimismo em torno de um possível avanço das negociações entre Estados Unidos e China ajudou a compensar parcialmente o efeito do declínio das ações da Vale, que recuou com os preços do minério de ferro na bolsa chinesa de Dalian ao menor nível em seis sessões. Os preços foram pressionados por uma menor demanda devido a uma nova onda de restrições à produção de aço no polo siderúrgico de Tangshan.

Os índices de Wall Street fecharam em alta após a notícia de que o representante de Comércio dos Estados Unidos, Robert Lighthizer, e funcionários de alto escalão dos EUA viajarão a Xangai na segunda-feira para reuniões presenciais sobre comércio com autoridades chinesas, informou a Bloomberg, citando fontes não identificadas.

Santander e Cielo abrem temporada de balanços

No cenário doméstico, o foco foi o início da safra de balanços trimestrais, com Santander apresentando resultados sólidos. A ação do banco avançou 0,51%. A empresa de meios de pagamentos Cielo divulga seu balanço após o fechamento, que deve vir pressionado, segundo analistas. O papel recuou mais de 3%, após passar grande parte do dia em forte alta. Agentes também repercutiam a chance de a empresa estar na mira de empresas chinesas, segundo o jornal "O Estado de S. Paulo".

A equipe técnica do Itaú BBA afirmou que o Ibovespa mantém tendência de alta no curto prazo, com a primeira resistência em 106.700 pontos. Do lado de baixa, encontra suporte em 103.300 pontos e 102.600 pontos, sendo este forte.

Outros destaques do dia

O mercado manteve o bom humor com ações do setor financeiro. O papel do ITAÚ UNIBANCO subiu 0,97%, enquanto BRADESCO, que divulga seu balanço trimestral nesta semana, ganhou 0,34%.

A ação da varejista MAGAZINE LUIZA perdeu 2,16%, em dia de queda do setor, após notícia de que os saques do FGTS devem incluir proposta de retirada de apenas 500 reais neste ano, com saques maiores apenas em 2020. No setor, B2W GLOBAL recuou 2,01% e VIA VAREJO perdeu 1,84%.

Para as construtoras, o movimento foi oposto. A MRV valorizou-se 1,41%, também embalada pelo noticiário relacionado às medidas contemplando saques do FGTS, uma vez que as primeiras propostas traziam preocupação sobre diminuição de recursos para financiamento à construção civil.

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A mineradora VALE recuou 1,32%, com os preços de referência do minério de ferro na bolsa chinesa de Dalian caindo ao menor nível em seis sessões, pressionados por uma menor demanda devido a uma nova onda de restrições à produção de aço no polo siderúrgico de Tangshan.

A produtora de alimentos JBS avançou 3,1%. A empresa anunciou nesta terça-feira uma operação para captar ao menos 500 milhões de dólares em notas no exterior com prazo de 10,5 anos, informou o IFR, serviço da Refinitiv.

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