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Ações de commodities são o lugar para se estar, afirma HSBC

Equipe de análise global elevou a recomendação para o Brasil e voltou a recomendar Petrobras e Gerdau

Gerdau deve se beneficiar dos investimentos em infraestrutura no Brasil e da recuperação da economia americana, diz HSBC (Divulgação/Gerdau)

Gerdau deve se beneficiar dos investimentos em infraestrutura no Brasil e da recuperação da economia americana, diz HSBC (Divulgação/Gerdau)

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Da Redação

Publicado em 26 de janeiro de 2011 às 16h04.

São Paulo – A equipe de mercados emergentes globais do HSBC voltou a recomendar o Brasil como alocação acima da média (overweight), revela relatório publicado hoje. “ Dentre os mercados emergentes, nossa atitude favorece países em que as diferenças de produção ainda existem e lugares nos quais as autoridades estão tratando o problema da inflação. O Brasil se encaixa nesse perfil pois a política fiscal está sob controle e as taxas estão em alta novamente”, explicam Alexandre Gartner e Francisco Machado, que assinam a análise.

No país, o HSBC destaca as ações das empresas ligadas às commodities. “Prevemos um bom ano para as ações de commodities no Brasil. O ano passado foi positivo para as empresas locais, beneficiadas pela forte dinâmica de demanda e políticas fiscais e monetárias ainda afrouxadas. Já defendemos a tese contra essa situação continuar em 2011, pois nos inclinamos a favor de ações de materiais que foram deixadas para trás”, destacam. Na lista de preferidas do segmento, o banco voltou a apostar nos papéis da Gerdau e da Petrobras, além de destacar as ações da Vale e da SLC Agrícola.

“Adicionamos a Gerdau e a Petrobras à nossa lista, duas ações que tiveram um 2010 difícil e para as quais prevemos um 2011 melhor”, lembram. De acordo com Gartner e Machado, a Gerdau é um bom veículo para apostar na infraestrutura brasileira e na melhora do crescimento dos EUA. A equipe do banco elevou a projeção de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA para 2011 de 2,5% para 3,4%. “As notícias negativas já são conhecidas e parecem estar computadas nos preços atuais”, projetam. Para as ações ligadas ao petróleo, o HSBC espera uma revisão dos analistas para incorporar estimativas mais otimistas para o ano.

“Sentimos que a OPEP elevou extra-oficialmente sua faixa-alvo para o petróleo e os analistas ainda estão revisando as estimativas para os preços em seus modelos. O setor ainda é impopular, mas a dinâmica parece estar melhorando”, explicam. Segundo eles, a ação da estatal brasileira de petróleo é uma “boa candidata a decolar”. “A Petrobras é uma boa ideia de investimento, pois a ação teve desempenho significativamente abaixo do mercado em 2010, devido a seu processo de capitalização”, afirmam. A lista de preferidas no país ainda inclui a CCR Rodovias e a Odontoprev.

Para o mercado como um todo, o banco espera que o Ibovespa – principal índice de ações da bolsa brasileira – chega ao patamar dos 85 mil pontos, o que representa um potencial de valorização de aproximadamente 23%. “Lembramos que o Ibovespa tem grande peso em ações de materiais (52%) e o ambiente de preços resiliente para commodities deve beneficiar o índice. Os ventos desfavoráveis que prevemos neste relatório giram em torno de grupos sensíveis à taxa de juros, os quais têm um peso muito menor na referência (33,1%). Os demais componentes ou são defensivos ou ações de transporte”, concluem.

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