Mercados

Ações da ThyssenKrupp tombam mais de 7% após venda de usina

Maior produtora de aço da Alemanha não conseguir reduzir exposição ao volátil setor de aço na medida que esperava


	ThyssenKrupp: empresa anunciou na sexta-feira a venda de usina de laminação em Calvert, Alabama, a um consórcio entre ArcelorMittal e Nippon Steel & Sumimoto Metal por 1,55 bilhão de dólares
 (Ralph Orlowski/Bloomberg)

ThyssenKrupp: empresa anunciou na sexta-feira a venda de usina de laminação em Calvert, Alabama, a um consórcio entre ArcelorMittal e Nippon Steel & Sumimoto Metal por 1,55 bilhão de dólares (Ralph Orlowski/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de dezembro de 2013 às 07h40.

Frankfurt - As ações da ThyssenKrupp despencavam nesta segunda-feira depois do anúncio da venda de usina laminadora nos Estados Unidos, além da divulgação de um plano para readquirir ativos de aço inoxidável vendidos no ano passado e um aumento de capital.

As ações estavam em queda de mais de 7 por cento, refletindo decepção de investidores após a ThyssenKrupp, maior produtora de aço da Alemanha, não conseguir reduzir exposição ao volátil setor de aço na medida que esperava.

"Acreditamos que uma reestruturação mais ampla está mais longe do que alguns esperam", disse o analista do Credit Suisse, Michael Shillaker.

A ThyssenKrupp anunciou na sexta-feira a venda de usina de laminação em Calvert, Alabama, a um consórcio entre ArcelorMittal e Nippon Steel & Sumimoto Metal por 1,55 bilhão de dólares. O valor representou apenas o piso das expectativas sobre o preço da unidade.

O acordo deixou a deficitária Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA) com a ThyssenKrupp, que indicou que ficará com a produtora de aço instalada no Rio de Janeiro, por enquanto.

O presidente-executivo da ThyssenKrupp, Heinrich Hiesinger, tentou vender a unidade Steel Americas, formada pela usina em Calvert e pela CSA, por um ano e meio, porém as negociações se revelaram extremamente difíceis.

A Companhia Siderúrgica Nacional, vinha sendo citada como interessada na CSA, mas afirmou repetidas vezes durante o ano que não tomaria decisões que pudessem prejudicar sua alavancagem financeira.


Além da venda da usina no Alabama, a ThyssenKrupp disse também ao final da sexta-feira que foi forçada a reassumir a siderúrgica italiana Terni e a unidade de ligas de alto desempenho VDM, partes do negócio de aço inoxidável que havia vendido à finlandesa Outokumpu no ano passado, em troca de uma nota de empréstimo.

"Duvidamos que um controle operacional maior sobre ativos problemáticos de aço inoxidável era o que os acionistas da ThyssenKrupp tinham em mente para uma mudança estratégica da companhia", disse o analista Neil Sampat, em relatório que reduziu a recomendação sobre as ações da companhia.

Para aliviar a pressão sobre seu balanço, a ThyssenKrupp está planejando elevar seu capital em até 10 por cento por meio da emissão de novas ações, o que pode captar cerca de 1 bilhão de euros com base no preço de fechamento da última sexta-feira.

Acompanhe tudo sobre:ArcelorMittalEmpresasEmpresas alemãsEmpresas japonesasNippon SteelSiderurgiaSiderurgia e metalurgiaThyssenkrupp

Mais de Mercados

Por que a China não deveria estimular a economia, segundo Gavekal

Petrobras ganha R$ 24,2 bilhões em valor de mercado e lidera alta na B3

Raízen conversa com Petrobras sobre JV de etanol, diz Reuters; ação sobe 6%

Petrobras anuncia volta ao setor de etanol