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IRB despenca mais 10%, Sequoia estreia em queda e Ibovespa tem leve queda

Expectativa por estímulos impulsiona bolsas americanas, mas risco fiscal volta a pressionar mercado local

Bolsa: Ibovespa cai com temores fiscais (Germano Lüders/Exame)

Bolsa: Ibovespa cai com temores fiscais (Germano Lüders/Exame)

GG

Guilherme Guilherme

Publicado em 7 de outubro de 2020 às 10h29.

Última atualização em 7 de outubro de 2020 às 20h07.

O Ibovespa caiu 0,09% nesta quarta-feira, 7, e encerrou em 95.526,26 pontos. Pela manhã, o principal índice da B3 chegou a subir mais de 1%, acompanhando o cenário externo positivo, mas perdeu força em meio aos temores sobre a condução da política fiscal. Nos Estados Unidos, o S&P 500 subiu 1,74%.

Risco fiscal

As preocupações sobre o risco fiscal ganharam força após reportagens do Veja e do Poder 360 afirmarem que o governo estuda estender o auxílio emergencial para pelo menos até março. Pouco após as publicações, o Ibovespa chegou a cair para o terreno negativo e só foi se recuperar após o ministro Paulo Guedes negar as informações, afirmando que o auxílio irá acabar no fim de dezembro, como previsto.  "Há uma insegurança sobre o governo a ponto de qualquer incerteza acaba tendo impactos potencializados no mercado", comenta Rodrigo Franchini, sócio da Monte Bravo.

Estímulos

No cenário externo, parte do tom positivo se deu em função das renovadas esperanças por estímulos. De acordo com a Bloomberg, a presidente da Câmara, Nancy Pelosi estaria disposta a aprovar um pacote de alívio para as companhias aéreas, requisitado pelo presidente Donald Trump, horas após ter mandado sua equipe encerrar as conversas sobre estímulos com líderes democratas na véspera. Trump também pediu um acordo de pagamentos diretos de 1.200 dólares, mas Pelosi não se mostrou afeita aos termos do proposta.

IRB Brasil

Depois de terem caído 17,11% na terça-feira, as ações do IRB despencaram mais 10,18%, ainda refletindo o relatório de analistas do UBS, que recomendaram a venda das ações, com downside de mais de 40%. "Os relatórios de algumas instituições são levados muito a sério, e o UBS é uma delas. Quando vem um relatório desses, a saída é quase imediata, principalmente de pessoas físicas. O investidor institucional e fundos estrangeiros são menos influenciados porque tem suas análises próprias", comenta Franchini. As ações do IRB são uma das que concentram a maior quantidade de pessoas físicas, com quase 300.000 até julho.

Sequoia

As ações da empresa de logística Sequoia estrearam com desvalorização de 1,61%, chegando a cair 3% nos primeiros negócios do dia. Em IPO, a precificação ficou em 12,40 reais, abaixo da faixa indicativa entre 14,25 reais e 17,75 reais, indicando baixa demanda pelo ativo.

Braskem

Os papéis da Braskem subiram 1%, após a empresa afirmar ter batido recorde de vendas de resinas no mercado brasileiro e ter vendido mais de 140 mil toneladas de polipropileno nos EUA. “Os dados operacionais são positivos e mostram um aumento da demanda por petroquímicos tanto no Brasil quando no exterior. Mas a empresa atravessa um momento turbulento lidando com questões ambientais e ação civil nos EUA”, afirmam analistas da Exame Research.

Siderúrgicas

O setor de siderurgias lideram as altas do Ibovespa, por todo o pregão com Gerdau subindo mais de 3%, Usiminas 2,62% e CSN 1,81%. Já as ações da Vale avançaram 2,64%, impedindo maiores perdas do índice.

Azul

As ações da Azul encerram em queda de 3,55%, com os investidores realizando lucros, após altas recentes. Pela manhã, o ativo chegou a abrir com valorização, com a repercussão sobre o aumento de caixa maior que o esperado. Na véspera, as ações subiram 6,5%, com a maior taxa de ocupação de suas aeronaves. Os papéis da GOL e CVC, que também subiram forte na véspera, caíram 3,43% e 5,76%, respectivamente.

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