EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 31 de março de 2010 às 10h11.
Rio de Janeiro - A Eletrobras vai propor aos seus acionistas na próxima assembléia de 30 de abril isonomia para o pagamento de dividendos aos acionistas ordinários, majoritariamente a União, a fim de compensar tributos a serem pagos.
Segundo o diretor Financeiro da Eletrobras, Astrogildo Quental, a aprovação já é certa e será benéfica para a nova fase da companhia, "que pensa mais no minoritário", segundo o executivo.
"Vamos levar à assembléia e será aprovado o pagamento de dividendos também para os acionistas ordinários, mas isso não vai afetar em nada os preferencialistas", explicou Quental à Reuters, informando que serão mantidos os 6 por cento sobre capital da companhia destinados aos acionistas PN.
O governo tem cerca de 80 por cento das ações ordinárias, o restante está no mercado e com o BNDES.
"Esse pagamento (do acionista PN) está no estatuto, funciona como uma renda fixa", disse o executivo, que será substituído por Armando Casado de Araujo a partir de 1o de abril.
Na terça-feira, a Eletrobras divulgou o balanço referente ao exercício de 2009, no qual lucrou 170,5 milhões de reais, bem abaixo dos 6 bilhões de reais do ano anterior, devido ao impacto cambial na pesada dívida em dólar da usina hidrelétrica binacional de Itaipu.
Segundo o novo critério de dividendos, os preferencialistas irão receber 315 milhões de reais e os ordinaristas 180 milhões de reais, "porque a parte da União eu vou compensar com tributos que tenho a pagar", explicou.