Exame Logo

Acionistas da PT SGPS aprovam venda da PT para Altice

Decisão ocorreu em assembleia geral na tarde desta quinta-feira. Estavam presentes ou representados acionistas somando 44% do capital social com direito de voto

Portugal Telecom: venda foi aprovada por maioria de 97,81% dos votos presentes ou representados e emitidos (Mario Proenca/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de janeiro de 2015 às 20h34.

Rio - A holding PT SGPS confirmou, em comunicado, que os seus acionistas decidiram aprovar a venda da operadora PT Portugal para o grupo francês Altice.

A decisão ocorreu em assembleia geral na tarde desta quinta-feira. Estavam presentes ou representados acionistas somando 44% do capital social com direito de voto.

O ponto único da ordem de trabalhos, a venda da operadora, foi aprovado por uma maioria de 97,81% dos votos presentes ou representados e emitidos em assembleia geral.

De acordo com fonte ouvida pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, a operação renderá 7,4 bilhões de euros.

Com a venda, a Oi reduzirá sua dívida, de R$ 48 bilhões, e ganha fôlego para participar do movimento de consolidação no Brasil, seja com o fatiamento da TIM Brasil, com Telefônica e Claro, ou uma eventual fusão com a TIM.

A Telemar Norte Leste (subsidiária da Oi) foi impedida de votar na assembleia pelo presidente da mesa, António Menezes Cordeiro, sob argumento de potencial conflito de interesses.

A PT SGPS possui 25,6% da Oi, que, por sua vez, é dona da operadora portuguesa.

Acionistas de referência da PT SGPS estiveram presentes na reunião, como Rafael Mora, executivo da empresa de mídia Ongoing - detida pela RS Holding, que tem 10,05% da PT SGPS.

Também havia representantes do Novo Banco, dono de 12,6% da PT SGPS, e da Visabeira (2,64%).

O presidente da Oi, Bayard Gontijo, fez uma apresentação durante a assembleia e voltou a defender que o negócio é o melhor para todos os acionistas, tanto no caso da tele brasileira quanto da portuguesa.

Também discursou o presidente da PT SGPS, João Mello Franco.

Tensão

Os acionistas presentes puderam pedir esclarecimentos aos executivos e, segundo relatos da imprensa portuguesa, o clima ficou tenso em diversos momentos.

De acordo com o jornal português Diário Económico, 25 acionistas minoritários fizeram questionamentos, alguns respondidos por Gontijo, outros por Mello Franco e pelo advogado da Oi, Luis Cortes Martins.

Adiamento

A assembleia estava marcada inicialmente para o último dia 12, mas foi adiada por dez dias após pedido de esclarecimentos adicionais sobre o negócio feito pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM, órgão regulador do mercado de capitais português).

No último dia 15, a PT SGPS entregou novas informações, mas o regulador do mercado português voltou a dizer que ainda havia pontos a serem esclarecidos.

O posicionamento trouxe à tona dúvidas sobre um novo adiamento, que foi defendido pelo Sindicato dos Trabalhadores do Grupo Portugal Telecom (STPT).

A entidade apresentou proposta de um novo adiamento nesta quinta-feira, mas o pedido foi retirado depois por não haver maioria para aprovação e não foi levado a votação.

Nesta semana, a holding reagiu ao questionamento da CMVM dizendo que já divulgou todas as informações preparatórias para a assembleia geral.

A percepção dos acionistas da Oi e da PT SGPS é de que um novo adiamento iria prejudicar o valor de mercado das companhias, com as ações em forte oscilação diante das inseguranças.

Veja também

Rio - A holding PT SGPS confirmou, em comunicado, que os seus acionistas decidiram aprovar a venda da operadora PT Portugal para o grupo francês Altice.

A decisão ocorreu em assembleia geral na tarde desta quinta-feira. Estavam presentes ou representados acionistas somando 44% do capital social com direito de voto.

O ponto único da ordem de trabalhos, a venda da operadora, foi aprovado por uma maioria de 97,81% dos votos presentes ou representados e emitidos em assembleia geral.

De acordo com fonte ouvida pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, a operação renderá 7,4 bilhões de euros.

Com a venda, a Oi reduzirá sua dívida, de R$ 48 bilhões, e ganha fôlego para participar do movimento de consolidação no Brasil, seja com o fatiamento da TIM Brasil, com Telefônica e Claro, ou uma eventual fusão com a TIM.

A Telemar Norte Leste (subsidiária da Oi) foi impedida de votar na assembleia pelo presidente da mesa, António Menezes Cordeiro, sob argumento de potencial conflito de interesses.

A PT SGPS possui 25,6% da Oi, que, por sua vez, é dona da operadora portuguesa.

Acionistas de referência da PT SGPS estiveram presentes na reunião, como Rafael Mora, executivo da empresa de mídia Ongoing - detida pela RS Holding, que tem 10,05% da PT SGPS.

Também havia representantes do Novo Banco, dono de 12,6% da PT SGPS, e da Visabeira (2,64%).

O presidente da Oi, Bayard Gontijo, fez uma apresentação durante a assembleia e voltou a defender que o negócio é o melhor para todos os acionistas, tanto no caso da tele brasileira quanto da portuguesa.

Também discursou o presidente da PT SGPS, João Mello Franco.

Tensão

Os acionistas presentes puderam pedir esclarecimentos aos executivos e, segundo relatos da imprensa portuguesa, o clima ficou tenso em diversos momentos.

De acordo com o jornal português Diário Económico, 25 acionistas minoritários fizeram questionamentos, alguns respondidos por Gontijo, outros por Mello Franco e pelo advogado da Oi, Luis Cortes Martins.

Adiamento

A assembleia estava marcada inicialmente para o último dia 12, mas foi adiada por dez dias após pedido de esclarecimentos adicionais sobre o negócio feito pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM, órgão regulador do mercado de capitais português).

No último dia 15, a PT SGPS entregou novas informações, mas o regulador do mercado português voltou a dizer que ainda havia pontos a serem esclarecidos.

O posicionamento trouxe à tona dúvidas sobre um novo adiamento, que foi defendido pelo Sindicato dos Trabalhadores do Grupo Portugal Telecom (STPT).

A entidade apresentou proposta de um novo adiamento nesta quinta-feira, mas o pedido foi retirado depois por não haver maioria para aprovação e não foi levado a votação.

Nesta semana, a holding reagiu ao questionamento da CMVM dizendo que já divulgou todas as informações preparatórias para a assembleia geral.

A percepção dos acionistas da Oi e da PT SGPS é de que um novo adiamento iria prejudicar o valor de mercado das companhias, com as ações em forte oscilação diante das inseguranças.

Acompanhe tudo sobre:Acionistasacordos-empresariaisEmpresasPortugal TelecomTelecomunicações

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mercados

Mais na Exame