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Ação do Groupon atinge mínima após revisão de recomendação

A receita do site de compras coletivas no segundo trimestre não cumpriu expectativas de Wall Street. Empresa tem queda de 8,3%

CEO Andrew Mason no dia do IPO do Groupon, em Nova York (Brendan McDermid/Reuters)

CEO Andrew Mason no dia do IPO do Groupon, em Nova York (Brendan McDermid/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 17 de agosto de 2012 às 15h22.

São Francisco - As ações da companhia de compras coletivas Groupon despencavam mais de 8 por cento nesta sexta-feira, para nova mínima recorde, depois que um analista levantou preocupações sobre o efeito futuro da desaceleração do crescimento da empresa sobre sua grande posição de caixa.

O declínio se soma a uma série de baixas nas últimas semanas que envolveram não apenas o Groupon, mas várias companhias de consumo na Internet e ligadas à redes sociais como Facebook e Zynga.

A desvalorização da ação do Groupon nesta sexta-feria aconteceu depois que o analista Ken Sena, da Evercore Partners, reduziu recomendação sobre os papéis da companhia, definindo preço-alvo em 3 dólares. Às 14h48 (horário de Brasília), as ações da empresa eram cotadas a 4,58 dólares, em queda de 8,3 por cento.

A receita do Groupon no segundo trimestre não cumpriu expectativas de Wall Street. Enquanto isso, o faturamento bruto, que reflete o dinheiro que a empresa recolhe de consumidores que compram seus cupons de desconto, caiu durante o período.

"Vemos potencial para futura queima de caixa, assumindo que a queda do faturamento persista", disse Sena em relatório a investidores.

O Groupon tem mais de 1 bilhão de dólares em caixa e a companhia gera grande volume de capital de giro por causa do dinheiro que recolhe dos clientes que compram seus vouchers e do tempo de pelo menos 30 dias que leva para pagar aos fornecedores dos serviços oferecidos.

Entretanto, se o crescimento do Groupon desacelera, a empresa pode obter menos dinheiro antecipadamente, enquanto ainda precisa continuar pagando os fornecedores dos serviços vendidos anteriormente, disse Sena.

Uma queda anual de 5 por cento no faturamento bruto pode tornar a vantagem de capital de giro contra a empresa, sugerindo uma "queima de caixa", disse o analista.

"A companhia pode se deparar com a situação onde terá que pagar fornecedores em uma escala maior de negócios em relação ao dinheiro que é capaz de recolher dos atuais consumidores", escreveu Sena.

Um representante do Groupon não comentou o assunto.

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