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Ação da Renner entre as melhores do setor, alerta Planner

Para analista, mesmo com alta de 10% em abril, papéis da varejista podem entregar mais ganhos

Nos últimos 12 meses, as ações ordinárias da Lojas Renner acumulam ganhos de 45,5%, enquanto o principal índice da bolsa desvalorização de 2,5% (Tamires Kopp/EXAME)

Nos últimos 12 meses, as ações ordinárias da Lojas Renner acumulam ganhos de 45,5%, enquanto o principal índice da bolsa desvalorização de 2,5% (Tamires Kopp/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 29 de abril de 2011 às 15h08.

São Paulo – As ações ordinárias da Lojas Renner (LREN3) estão entre as melhores opções para investimento no varejo no momento. A afirmação é do analista da corretora Planner, Francisco Ferrazzi Kops.

Ele acredita que mesmo após a alta de mais de 9% (sem considerar o pregão de hoje) das ações em abril, ainda há um bom potencial de ganhos para o papel. Em relatório divulgado nesta sexta-feira (29), Kops reitera sua recomendação de compra às ações da varejista, com um preço-alvo de 70 reais para dezembro de 2011, um potencial de valorização de 24%.

Em sua avaliação o analista considera como fatores positivos ao horizonte da empresa a recente aquisição da Camicado e os resultados referentes ao primeiro trimestre do ano. “Gostamos do resultado da Renner, principalmente da manutenção do índice de crescimento mesmas lojas (considera apenas as lojas com no mínimo 12 meses de operação) acima de dois dígitos, com uma alta de 11,2% na passagem anual”, explica Kops.

O lucro líquido da companhia foi de 47,6 milhões de reais no primeiro trimestre deste ano, um crescimento de 29% sobre o ganho obtido um ano antes. A receita líquida, proveniente da venda de mercadorias, ficou em 517 milhões de reais no período, volume 17,6% superior que o registrado em igual intervalo do ano anterior.

“A empresa manteve índices de crescimento consistentes tanto nas linhas de receita quanto nas linhas de lucro líquido e manteve sua estrutura de custos, o que garantiu a manutenção de suas boas margens”, avalia Kops.

O analista considera apenas a margem Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) um fator negativo dentro dos resultados. O montante ficou em 46,7 milhões de reais nos três meses até março, ligeira queda de 0,2% sobre o mesmo período em 2010, com a margem recuando de 10,6% para 9%. “Com um plano de abertura de 33 lojas para 2011, esta queda de margem é explicada pelo aumento nas despesas operacionais necessárias para abertura destes estabelecimentos. Porém, vale destacar que esta leve piora nos resultados do varejo foi compensada por uma melhor performance de serviços financeiros, onde o resultado foi 46,1% melhor do que o observado no primeiro trimestre de 2010”.


A Lojas Renner informou ter encerrado março com 135 lojas em operação, tendo inaugurado uma unidade este ano. No segundo trimestre, a empresa prevê abrir nove lojas nos modelos compacto e tradicional. A empresa também investiu R$ 24 milhões no trimestre, sendo 17,8 milhões de reais na abertura, em março, da primeira loja especializada na marca Blue Steel, no shopping Boulevard Metrô Tatuapé, em São Paulo, e na preparação de nove unidades com a bandeira Renner que serão inauguradas no segundo trimestre.

As ações da Lojas Renner despontam entre os destaques de valorização do Ibovespa nesta sexta-feira, com ganhos de em torno de 3%. Nos últimos 12 meses os ativos da varejista acumulam ganhos de 45,5%, enquanto o principal índice da bolsa desvalorização de 2,5%.

Compra da Camicado

No dia 4 de abril, a Lojas Renner divulgou fato relevante no qual informava que sua subsidiária Renner Empreendimentos assinou contrato particular de compra e venda de quotas com o objetivo de adquirir 100% da Maxmix Comercial, empresa que atua no comércio varejista de utilidades domésticas, artigos de cama, mesa e banho e decoração, sob a marca Camicado Houseware. O negócio movimentou 165 milhões de reais.

A aquisição é vista como a porta de entrada da Renner no mercado de produtos do lar, um mercado com potencial de consumo de R$ 15,7 bilhões por ano no Brasil. A Camicado, que tem 800 funcionários, faturou R$ 153,1 milhões no ano passado. Em termos de preço, as lojas em shoppings se situam no meio da pirâmide de renda, com valores praticados comparáveis aos de Tok&Stok e MMartan, segundo comunicado da Renner.

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