Ganho acumulado com ação da CSN pode passar de mais de 100% para menos de 50% no ano (Ricardo Funari/Getty Images)
Guilherme Guilherme
Publicado em 24 de outubro de 2019 às 11h28.
Última atualização em 24 de outubro de 2019 às 11h38.
O prejuízo atribuível aos acionistas de 992,96 milhões de reais registrado pela CSN no terceiro trimestre não foi bem digerido pelos investidores. Incluído o resultado dos acionistas não controladores, o prejuízo líquido da empresa no período foi de 870,66 milhões de reais.
Divulgado na noite de quarta-feira (23), o balanço veio abaixo das expectativas, já que no segundo trimestre a companhia teve lucro líquido de 1,89 bilhão de reais.
A decepção teve reflexos na ação da CSN, que abriu em forte queda no pregão desta quinta-feira (24), chegando a recuar 6,18%. Às 11h10, o papel caia 5,36% e era negociado a 12,71 reais. Se o preço do ativo não reagir até o fim de outubro, esse será o quinto mês consecutivo em que a siderúrgica se desvaloriza na bolsa.
O lucro bruto da empresa no terceiro trimestre foi de 1,64 bilhão de reais, 33% inferior ao do segundo trimestre do ano. Entre os principais motivos para o resultado negativo, a empresa elenca o menor volume de vendas no mercado externo e preços menos favoráveis na mineração.
Até meados deste ano, a CSN vinha apresentando aumento contínuo do lucro, o que impulsionou a cotação de suas ações. Em junho, o papel da siderúrgica chegou a acumular alta 106% em 2019.
A lua de mel com os investidores, no entanto, teve fim decretado em agosto, quando a CSN se desvalorizou 13,16% na Bolsa. O mês foi de pesadelo para siderúrgicas, que sofreram com a queda de 25% do preço do minério de ferro negociado na China.
Até o fechamento do pregão de quarta-feira, as ações da CSN acumulavam alta de 51,92% no ano. Com a nova queda, valorização no período pode cair 10 pontos percentuais.