Exame Logo

A repercussão do caso Goldman

Desde piadas até artigos aclamando o executivo Greg Smith, confira como o caso repercutiu no mundo

2º Goldman Sachs (Chris Hondros/Getty Images/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de março de 2012 às 18h29.

São Paulo – O pedido de demissão mais que público de Greg Smith do Goldman Sachs repercute no mercado financeiro. Obviamente, o texto mais esperado era a resposta do banco. Em comunicado publicado na página do Goldman Sachs na internet, Lloyd Blankfein, presidente executivo do banco, e Gary Cohn, diretor de operações, disseram estar profundamente decepcionados com as afirmações feitas por Smith.

Mas as repercussões não param na resposta oficial. Uma série de análises invadem os sites dos principais veículos internacionais. Confira trechos das principais opiniões liberadas sobre o assunto:

The New York Times

O site Deal Book, do The New York Times, destacou o desafio que Richard Siewert Jr. terá. Na terça-feira ele foi anunciado como novo chefe de relações públicas do banco, sem imaginar que horas depois teria que acordar e se deparar com carta aberta de Greg Smith publicada no jornal.

O artigo destaca que Siewert já teve de lidar com outros desafios. Trabalhou dentro da Casa Branca, com o ex-presidente americano Bill Clinton e na Alcoa.

Rolling Stone

Matt Taibi, editor da Rolling Stone, aplaudiu em pé o artigo escrito por Greg Smith e publicado no The New York Times. Ele, que certa vez publicou uma matéria de seis páginas recheadas de críticas sobre a instituição, chamou a demissão do executivo de “histórica”.

“A essência do artigo de Smith é devastadora. Ele aponta para um problema pequeno e específico: o fato de que o Goldman, rotineiramente, acaba com seus clientes”, sentenciou.

Ele liga a carta ao desempenho das ações do Goldman no pregão de hoje, quando os papéis registraram queda. “Quando um executivo de uma empresa cita coisas como ‘arrancar os olhos da cara’ ou ‘muppets’, você começa a pensar se aquela companhia é a melhor escolha para gerenciar seu dinheiro”, disse.

Forbes

No site da Forbes, o colunista Peter Cohan tenta analisar se os clientes têm ou não motivos para deixar o Goldman após as acusações de Smith. Ele lembra que qualquer pessoa que tenha lido notícias recentes sobre a instituição financeira, como o caso no Abacus no qual o banco foi multado por vender um produto complicado e sem explicações suficientes, sabe dessas particularidades.

Para tentar explicar porque os clientes ficam no banco mesmo assim, Cohan cita teorias como “falta de alternativa” e “benefícios que compensam os custos”.

“Até que uma onda de talentos deixe o Goldman e vá trabalhar em outro grande banco, muitos clientes vão continuar ali e torcer pelo melhor. Por isso a maior ameaça à sobrevivência do Goldman é que a saída de Smith provoque um êxodo de talentos”, diz.


Bloomberg

A Bloomberg convidou William Cohan, autor de "Money and Power: How Goldman Sachs Came to Rule the World" (Dinheiro e Poder: como o Goldman Sachs veio dominar o mundo, em tradução livre para o português) para analisar a demissão de Smith em um vídeo. “Ele é o homem com quem todos querem conversar agora”, resumiu o escritor logo na abertura de seu comentário.

Ele também não se surpreendeu com as acusações do ex-diretor do banco. “A cultura do Goldman saiu dos trilhos. Eles sustentam essa ideia de que o cliente vem em primeiro lugar, mas volta e meia dão demonstrações de que eles estão à frente do cliente”, disse Cohan citando o caso Abacus.

Reuters

Felix Salmon, colunista da Reuters, lembra que quando Greg Smith foi contratado o Goldman Sachs ainda estava em um processo de transição de uma companhia fechada para aberta. Ou seja, uma venda de ações aumenta a responsabilidade com os acionistas e também o número deles. E seria ingênuo pensar que eles estariam mais interessados na cultura dos tempos em que a empresa era uma espécie de sociedade de banqueiros do que nos lucros.

“Eu suponho ser possível que Smith tenha uma profunda nostalgia pela época da sociedade que ele nunca conheceu realmente para machucar toda a sua atual equipe – todos que o ajudar a ganhar milhões – em uma tentativa de incitar o Goldman a voltar aos tempos calmos”, diz Salmon.

Huffington Post

Mantendo o bom humor, o site do Huffington Post destacou a “hilária repercussão” do caso no Twitter. A página da publicação fez uma seleção das piadas que estão soltas na rede. “Alguma confirmação sobre o rumor de que os muppets estão processando o Goldman Sachs por terem sido comparados aos clientes?”, pergunta um dos usuários do microblog em tom de piada.

Veja também

São Paulo – O pedido de demissão mais que público de Greg Smith do Goldman Sachs repercute no mercado financeiro. Obviamente, o texto mais esperado era a resposta do banco. Em comunicado publicado na página do Goldman Sachs na internet, Lloyd Blankfein, presidente executivo do banco, e Gary Cohn, diretor de operações, disseram estar profundamente decepcionados com as afirmações feitas por Smith.

Mas as repercussões não param na resposta oficial. Uma série de análises invadem os sites dos principais veículos internacionais. Confira trechos das principais opiniões liberadas sobre o assunto:

The New York Times

O site Deal Book, do The New York Times, destacou o desafio que Richard Siewert Jr. terá. Na terça-feira ele foi anunciado como novo chefe de relações públicas do banco, sem imaginar que horas depois teria que acordar e se deparar com carta aberta de Greg Smith publicada no jornal.

O artigo destaca que Siewert já teve de lidar com outros desafios. Trabalhou dentro da Casa Branca, com o ex-presidente americano Bill Clinton e na Alcoa.

Rolling Stone

Matt Taibi, editor da Rolling Stone, aplaudiu em pé o artigo escrito por Greg Smith e publicado no The New York Times. Ele, que certa vez publicou uma matéria de seis páginas recheadas de críticas sobre a instituição, chamou a demissão do executivo de “histórica”.

“A essência do artigo de Smith é devastadora. Ele aponta para um problema pequeno e específico: o fato de que o Goldman, rotineiramente, acaba com seus clientes”, sentenciou.

Ele liga a carta ao desempenho das ações do Goldman no pregão de hoje, quando os papéis registraram queda. “Quando um executivo de uma empresa cita coisas como ‘arrancar os olhos da cara’ ou ‘muppets’, você começa a pensar se aquela companhia é a melhor escolha para gerenciar seu dinheiro”, disse.

Forbes

No site da Forbes, o colunista Peter Cohan tenta analisar se os clientes têm ou não motivos para deixar o Goldman após as acusações de Smith. Ele lembra que qualquer pessoa que tenha lido notícias recentes sobre a instituição financeira, como o caso no Abacus no qual o banco foi multado por vender um produto complicado e sem explicações suficientes, sabe dessas particularidades.

Para tentar explicar porque os clientes ficam no banco mesmo assim, Cohan cita teorias como “falta de alternativa” e “benefícios que compensam os custos”.

“Até que uma onda de talentos deixe o Goldman e vá trabalhar em outro grande banco, muitos clientes vão continuar ali e torcer pelo melhor. Por isso a maior ameaça à sobrevivência do Goldman é que a saída de Smith provoque um êxodo de talentos”, diz.


Bloomberg

A Bloomberg convidou William Cohan, autor de "Money and Power: How Goldman Sachs Came to Rule the World" (Dinheiro e Poder: como o Goldman Sachs veio dominar o mundo, em tradução livre para o português) para analisar a demissão de Smith em um vídeo. “Ele é o homem com quem todos querem conversar agora”, resumiu o escritor logo na abertura de seu comentário.

Ele também não se surpreendeu com as acusações do ex-diretor do banco. “A cultura do Goldman saiu dos trilhos. Eles sustentam essa ideia de que o cliente vem em primeiro lugar, mas volta e meia dão demonstrações de que eles estão à frente do cliente”, disse Cohan citando o caso Abacus.

Reuters

Felix Salmon, colunista da Reuters, lembra que quando Greg Smith foi contratado o Goldman Sachs ainda estava em um processo de transição de uma companhia fechada para aberta. Ou seja, uma venda de ações aumenta a responsabilidade com os acionistas e também o número deles. E seria ingênuo pensar que eles estariam mais interessados na cultura dos tempos em que a empresa era uma espécie de sociedade de banqueiros do que nos lucros.

“Eu suponho ser possível que Smith tenha uma profunda nostalgia pela época da sociedade que ele nunca conheceu realmente para machucar toda a sua atual equipe – todos que o ajudar a ganhar milhões – em uma tentativa de incitar o Goldman a voltar aos tempos calmos”, diz Salmon.

Huffington Post

Mantendo o bom humor, o site do Huffington Post destacou a “hilária repercussão” do caso no Twitter. A página da publicação fez uma seleção das piadas que estão soltas na rede. “Alguma confirmação sobre o rumor de que os muppets estão processando o Goldman Sachs por terem sido comparados aos clientes?”, pergunta um dos usuários do microblog em tom de piada.

Acompanhe tudo sobre:Bancosbancos-de-investimentoEmpresasEmpresas americanasGoldman SachsListas da ForbesMídiaServiços

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mercados

Mais na Exame