Mercados

3 novos papéis devem entrar na carteira do Ibovespa

Nenhum papel deve sair do índice nesta prévia, o que fará o Ibovespa passar de 66 ações para 69

B3: novo benchmark entrará em vigor em 2 de setembro (Patricia Monteiro/Bloomberg)

B3: novo benchmark entrará em vigor em 2 de setembro (Patricia Monteiro/Bloomberg)

Karla Mamona

Karla Mamona

Publicado em 17 de julho de 2019 às 10h06.

Última atualização em 17 de julho de 2019 às 10h07.

No dia 1º de agosto, a B3 vai divulgar a primeira prévia da carteira de ações que compõem o Índice Bovespa válida de setembro a dezembro de 2019.

A composição dessa carteira é importante pois ela define os principais papéis do mercado brasileiro e é usada como referência tanto por gestores locais e internacionais de fundos, tanto os de estratégia passiva, que só replicam as mesmas ações, como os ETFs, quanto os de estratégia ativa, que buscam superar o índice.

Assim, um papel que entra na carteira do Ibovespa automaticamente ganha maior peso no mercado e mais negócios.

O rebalanceamento é feito de acordo com o volume negociado da ação e o valor de mercado da empresa, ou seja, a soma do valor de suas ações em circulação. Para este ajuste, os bancos já começaram a avaliar quem deve entrar no índice. Antes do ajuste, são divulgados três prévias, uma no primeiro dia do mês anterior ao ajuste, outra no dia 15 e uma no último dia do mês.

Segundo a Itaú Corretora, três papéis devem entrar no Ibovespa nesta primeira prévia: Notre Dame Intermédica ON (GNDI3), a unit (recibo de ações) do BTG Pactual (BPAC11) e Carrefour ON (CRFB3). Nenhum papel deve sair do índice nesta prévia, o que fará o Ibovespa passar de 66 ações para 69. Será o maior número de ações do índice desde setembro de 2014.

O Itaú observa ainda que a operadora de telefonia Oi (OIBR3) também seria incluída, se não estivesse em recuperação judicial. Duas prévias adicionais estão programadas para 16 de agosto e 30 de agosto. O novo benchmark entrará em vigor em 2 de setembro.

Já o BTG Pactual trabalha com duas empresas novas no índice já na primeira prévia, BTG Pactual e Intermédia, com pesos de 0,64% e 0,90%. Esses percentuais equivalem a 0,63 e 0,99 dias de negociação, respectivamente. Quanto ao Carrefour, segundo o BTG, há uma chance de ele ainda poder ingressar no índice na próxima revisão.

Cia Hering e Marfrig

O Itaú lembra que ainda faltam mais de 30 pregões para definir a nova carteira e os dados de liquidez e free-float, que são os principais determinantes dos pesos dos índices no rebalanceamento, podem mudar e, consequentemente, afetar as projeções.

A corretora também observa que outro papel que pode entrar no índice é a Cia Hering (HGTX3), que tem 86,0% no índice de negociabilidade (NI), sendo que o limite de inclusão é abaixo de 85,0%.

Já o nome mais próximo do limite de exclusão (acima de 90%) é Marfrig (MRFG3), com 88,7%, que se encontra ainda em margem segura.

Maior aumento de participação

Entre os destaques, B3 (B3SA3), Via Varejo (VVAR3) e JBS (JBSS3) terão o maior aumento de participação no índice, ganhando respectivamente 0,43 ponto percentual, 0,29 e 0,19 ponto, respectivamente.

Vale (VALE3), Suzano (SUZB3) e Petrobras ON (PETR3) devem perder mais participação, 1,03 ponto percentual, 0,71 e 0,36 pontos, respectivamente.
As adições líquidas aumentariam o número de membros do índice para 69, de 66. Esperamos que o número de membros do Ibovespa aumente em 3, atingindo o maior número de membros desde setembro de 2014.

Saúde e Bancos ganham peso no Ibovespa

Em termos de setores, o BTG estima que Saúde e Bancos tendem a ganhar no futuro índice, enquanto Metais e Mineração e Petróleo e Gás, a perder. No caso de saúde, haverá um aumento na fatia do setor no índice, de 0,88 ponto percentual, graças à chegada da Intermédica.

Os bancos são o segundo maior vencedor, devido à adição do BTG Pactual ao índice. Já Metais & Mineração e Petróleo & Gás devem ter reduções de 0,31 ponto e 0,16 ponto, respectivamente, devido a perdas esperadas de Petrobras PN (PETR4) e Vale (VALE3).

Modificações do IBrX-50 e IBrX

O BTG também simulou as carteiras de outros índics usados pelo mercado. No IBrX-50, que tem o mesmo cálculo do Ibovespa, mas só considera 50 papeís e serve de referencial para o fundo com cotas em bolsa It Now PIBB, do BNDES, a expectativa é de entrada do IRB Brasil (IRBR3), MRV (MRVE3) e da companhia aérea Azul (AZUL4). Devem sair Weg (WEGE3), Raia Drogasil (RADL3) e TIM Participações (TIMP3).

Quanto ao IBrX-100, que também tem o mesmo cálculo, mas vai até 100 papéis, o BTG espera a entrada do Banco Inter ON (BIDI4), CPFL Energia (CPFE3) e Locamérica ON (LCAM3) e a saída de São Martinho ON (SMTO3), Tupy ON (TUPY3) e Enauta ON, antiga Queiroz Galvão Petróleo (ENAT3).

Acompanhe tudo sobre:B3BTG PactualIbovespaNotreDame Intermédica

Mais de Mercados

BTG vê "ventos favoráveis" e volta recomendar compra da Klabin; ações sobem

Ibovespa opera em queda e dólar bate R$ 5,81 após cancelamento de reunião sobre pacote fiscal

Donald Trump Jr. aposta na economia conservadora com novo fundo de investimento

Unilever desiste de vender divisão de sorvetes para fundos e aposta em spin-off