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3 fatores que emperram a recuperação dos mercados

Bolsas têm surfado na melhora da liquidez, mas economia global ainda tem desafios

Logotipo da gestora BlackRock em um prédio de Nova York (Shannon Stapleton/Reuters)

Logotipo da gestora BlackRock em um prédio de Nova York (Shannon Stapleton/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 27 de setembro de 2012 às 10h56.

São Paulo – As bolsas em todo o mundo têm se aproveitado nas últimas semanas da maior atuação dos bancos centrais em sua cruzada contra o baixo crescimento econômico e as altas taxas de desemprego. Primeiro, o Banco Central Europeu e, depois, o Federal Reserve.

Até agora, contudo, os indicadores não têm mostrado a recuperação esperada ou a vista nos preços dos ativos de risco ao redor do globo.

“Atribuiríamos essa tendência ao fato de que um fraco crescimento econômico não limita, sozinho, o potencial para os ativos de risco. Em nossa visão, as políticas de liquidez dos bancos centrais globais têm sido um fator mais importante para os preços dos ativos do que têm sido os níveis de crescimento econômico”, explica Bob Doll, analista sênior da BlackRock.

Em um relatório publicado nesta semana, o conselheiro para investimentos da maior gestora de recursos do mundo há três pré-condições para um período de alta sustentável da bolsa.

1.Europa

Os políticos da região e o Banco Central Europeu (BCE) precisam manter o compromisso de proteger qualquer país do bloco no mercado de dívidas soberanas e os respectivos sistemas financeiros. “Ações recentes na Europa sugerem que eles irão fazer isso, mas há muito espaço para erros”, afirma Doll.


2. EUA

Para os Estados Unidos, o gestor acredita que ainda é preciso ver mais progresso nas questões fiscais do país para criar um plano de longo prazo e assim garantir a estabilidade fiscal.

3. China e geopolítica

“Os investidores precisam se assegurar que a China está passando por um pouso suave e que o mundo também precisaria evitar qualquer tipo de incidente geopolítico que possa causar uma alta nos preços do petróleo”, conclui.

Otimismo

Doll afirma que nenhum dos desenvolvimentos esperados tem a garantia de ocorrer, mas atingi-los também não é impossível. “Estamos moderadamente otimistas de que as tendências estão apontando para a direção certa com o final do ano e início de 2013”, ressalta.

“As incertezas, contudo, continuam elevadas e os investidores devem reagir fortemente para qualquer evento inesperado, então as probabilidades para períodos de alta volatilidade dos mercados são elevadas”, pondera Doll.

Apesar de esperar alguma correção ou acomodação dos mercados em breve, Doll argumenta que as ações, ao menos, devem ter um desempenho superior ao dos títulos do Tesouro americano nos próximos doze meses.

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