Lama da Samarco: desastre ambiental fez com que empresa tivesse prejuízo de R$ 5,8 bilhões; auditora de balanço teme pela continuidade de operações. (Reuters/Ricardo Moraes)
Da Redação
Publicado em 29 de abril de 2016 às 07h36.
Confira as principais novidades do mercado desta sexta-feira (29):
Temer define equipe econômica, com Serra no Itamaraty
Caso a abertura de pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff seja aceita, o vice-presidente Michel Temer deve trocar toda a equipe de governo e já tem nomes para os principais ministérios.
O ex-presidente Henrique Meirelles deve ir para o Ministério da Fazenda; Romero Jucá, para o Planejamento; e Moreira Franco em uma nova secretaria ligada à presidência para tratar de privatizações.
O senador José Serra deve ser alojado no Ministério de Relações Exteriores, segundo O Estado de S. Paulo.
Dilma pretende anunciar reajuste do Bolsa Família
A presidente Dilma Rousseff quer aproveitar o Dia do Trabalho, 1º de Maio (domingo), para anunciar um reajuste nos benefícios do programa Bolsa Família.
O índice do aumento ainda não está fechado, mas, no Palácio do Planalto, auxiliares da presidente dizem que será na faixa de 5%.
Dilma também foi aconselhada a conceder mais uma bondade neste domingo: um porcentual de correção da tabela do Imposto de Renda, para compensar a inflação acumulada.
Petrobras poderá gastar até R$ 28 mi com executivos
A Petrobras poderá desembolsar até R$ 28 milhões para pagar salários e benefícios a diretores e conselheiros este ano, um valor 40% maior do que o previsto em 2015.
A empresa justificou que a alta se deve ao pagamento de uma "quarentena" (pelo período em que os executivos têm que ficar sem trabalhar em outras empresas), que não existia no ano passado, e ao reajuste pela inflação.
Samarco tem prejuízo de R$ 5,8 bilhões em 2015
A mineradora Samarco, controlada por Vale e BHP Billiton, teve prejuízo líquidi de R$ 5,84 bilhões em 2015, afetada pelo desastre ambiental em Mariana (MG), com o rompimento de uma barragem.
As reservas para reparação de danos, pagamento de multas e de exigências do governo após o desastre custaram R$ 9,8 bilhões do resultado final da empresa no ano passado. Em 2014, a Samarco tinha lucrado R$ 2,8 bilhões.
PwC enfatiza dúvida sobre continuidade da Samarco
Auditora do balanço da Samarco Mineração, a PricewaterhouseCoopers (PwC) afirma que existe "uma dúvida substancial" quanto à possibilidade de a companhia continuar a operar.
A mineradora vem trabalhando para retomar as atividades, suspensas após o acidente, mas ainda é incerto se e quando isso poderá ocorrer.
Brookfield negocia controle da Odebrecht Ambiental
O fundo de infraestrutura Brookfield está fechando negociações para assumir o braço de saneamento do grupo Odebrecht, a Odebrecht Ambiental, segundo o Valor Econômico.
O valor da transação é estimado entre R$ 5 bilhões e R$ 6 bilhões. A empresa atua em concessões de água e esgoto, além de atender clientes industriais.
Embraer sai de prejuízo para lucro de R$ 385,7 mi no 1º tri
A Embraer teve lucro líquido atribuído aos acionistas de R$ 385,7 milhões no primeiro trimestre, após prejuízo líquido de R$ 196,1 milhões de reais no mesmo período um ano antes.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) da fabricante de aeronaves somou R$ 643,8 milhões de janeiro a março, alta de 50% na comparação anual.
Correios tiveram prejuízo de R$ 2,1 bilhões em 2015
Os Correios fecharam 2015 com um prejuízo de R$ 2,1 bilhões no orçamento. A receita líquida de vendas da estatal cresceu 6,75% em comparação com o ano anterior, enquanto as despesas aumentaram 18,5%.
Entre os motivos para o resultado, segundo a empresa, está a defasagem no valor das tarifas postais. O reajuste de 8,89% nas tarifas foi autorizado apenas em dezembro pelo Ministério da Fazenda.
Outra justificativa dos Correios para o resultado do ano passado é que foi alocado um total de R$ 1,3 bilhão em benefícios pós-emprego, para garantir saúde e previdência aos trabalhadores aposentados.
Techint e Nippon se unem contra CSN no Conselho da Usiminas
Um raro consenso entre os grupos controladores da Usiminas fez a presidência do Conselho de Administração da maior produtora de aços planos do Brasil voltar para os maiores acionistas da siderúrgica, em assembleia realizada nesta quinta-feira.
A votação em Belo Horizonte elegeu Elias Brito para a presidência do Conselho da Usiminas, nome indicado pelo grupo Techint em concordância com a Nippon Steel, segundo ata da assembleia enviada ao mercado que confirmou informação publicada pela Reuters mais cedo.
Consumidor de energia pode ter que cobrir rombo de R$ 6 bi
Nos últimos dias, a Aneel foi obrigada, por uma série de decisões judiciais, a suspender a cobrança da Conta de Desenvolvimento Energético, que atinge grandes consumidores industriais.
Várias empresas ainda continuam tentando suspender os pagamentos judicialmente, e a agência calcula que o rombo pode chegar a R$ 6 bilhões.
Como a conta tem um orçamento anual pré-definido, se as indústrias não pagam sua parte, o resto tem de ser rateado entre consumidores residenciais --ou bancado pelo Tesouro.