ESG

EUA e Rússia podem deixar diferenças de lado em prol do clima

A Rússia, um dos maiores produtores de petróleo e gás no mundo, assumiu compromissos e fez declarações nos últimos anos afirmando que leva a mudança climática à sério

O enviado especial dos EUA para o clima John Kerry, à direita, e o ministro russo das Relações Exteriores Sergueï Lavrov em Moscou (AFP/AFP)

O enviado especial dos EUA para o clima John Kerry, à direita, e o ministro russo das Relações Exteriores Sergueï Lavrov em Moscou (AFP/AFP)

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AFP

Publicado em 12 de julho de 2021 às 21h53.

O enviado especial dos Estados Unidos para o clima, John Kerry, e o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, afirmaram nesta segunda-feira (12) em uma reunião em Moscou que seus países devem cooperar no combate à mudança climática, apesar das tensões políticas.

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Kerry, que se reuniu com Lavrov em várias ocasiões quando atuava como secretário de Estado de seu país sob a segunda presidência de Barack Obama, disse que "o que está em jogo não poderia ser maior" em termos de aquecimento global.

"Passamos anos, você e eu, negociando sobre guerras, armas químicas, armas nucleares, e digo sem nenhuma reserva que esta é uma iniciativa absolutamente crítica, urgente", acrescentou em uma coletiva de imprensa conjunta.

Lavrov destacou que Moscou "valoriza muito a importância dos problemas vinculados à mudança climática", e acredita que esta visita de Kerry foi "muito oportuna".

Também afirmou que a Rússia espera uma "estreita cooperação" com os Estados Unidos na conferência COP26, em novembro em Glasgow, Escócia.

O chefe da diplomacia russa acrescentou que acredita que esta visita de Kerry foi um passo "muito importante e positivo" para apaziguar as tensões "entre ambos os países".

A Rússia, um dos maiores produtores de petróleo e gás no mundo, assumiu compromissos e fez declarações nos últimos anos afirmando que leva a mudança climática à sério.

Seus críticos, no entanto, dizem que o país - que também é o quarto maior emissor de CO2 - ainda está longe de fazer o necessário para abordar a crise.

Durante anos, Putin foi criticado pelo seu ceticismo sobre o aquecimento global provocado pelos humanos e por ter sido que a Rússia se beneficiaria dele.

No entanto, em declarações recentes, o presidente russo mudou a abordagem e mencionou a gravidade deste problema global.

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