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Energia: BTG Pactual quer levar PMEs para o mercado livre

Banco de investimento mira as pequenas e médias empresas ao oferecer serviço de assessoria e migração para o mercado livre

Energia: Delta compete com BTG e Plural  (Chico Ferreira/Pulsar Imagens/Divulgação)

Energia: Delta compete com BTG e Plural (Chico Ferreira/Pulsar Imagens/Divulgação)

O BTG Pactual anunciou o lançamento de um novo produto para os pequenos empresários. Dessa vez, o foco é o setor de energia. O banco vai apoiar a migração de pequenas e médias empresas para o mercado livre de energia, ou ambiente de contratação livre (ACL), que permite a negociação direta entre consumidor e comercializador de energia elétrica. De acordo com a financeira, a expectativa é atingir cerca de 20 mil clientes já ativos e com potencial de migração.

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O serviço entra no rol de soluções oferecidas pelo banco por meio da sua nova plataforma BTG+ business, conjunto de serviços financeiros voltados às pequenas e médias empresas e que já concedeu 11 bilhões em crédito para os mais de 10.000 usuários.

“Enxergamos que hoje há um grande mercado, e cerca de 20 mil dos nossos clientes que estão no mercado regulado já estão aptos a ir para o mercado livre”, diz Manuel Gorito, sócio do BTG Pactual e responsável pela mesa de energia do banco. A instituição acredita que boa parte dos clientes da plataforma para PMEs também está apta para migrar para o mercado livre.

Hoje, o banco é o principal vendedor independente de energia livre no Brasil, mercado em que atua há mais de 10 anos. “Encontramos no BTG + business o parceiro ideal, que além de nos dar escala, vai nos permitir oferecer a experiência completa de serviços financeiros para nossos clientes e atingir uma parcela importante do mercado, que são as pequenas empresas", afirma Gorito.

O mercado livre de energia, ou ambiente de contratação livre, permite aos consumidores a escolha do fornecedor de energia elétrica, além de permitir que o consumidor final negocie os valores e quantidade contratada de energia diretamente com o fornecedor, mantendo o relacionamento com a distribuidora, apesar de não comprar mais dela. Enquanto no mercado regulado, os valores são definidos em leilões.

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De acordo com a Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), o mercado livre já representa 86% do consumo total das indústrias brasileiras, e 33% de toda energia consumida no país. A Abraceel estima que, entre 2020 e 2024, o número de agentes consumidores no mercado livre de energia dispare de pouco mais de 10.000 para 46.750.

O maior benefício, segundo Artur Hannud, sócio responsável pela área comercial da mesa de energia do BTG Pactual, é a redução na conta de luz. O banco estima uma economia de 30% mês a mês, além da isenção na taxa de gestão, que acontece por não haver mais intermédio da distribuidora. “Estamos preocupados em criar um produto para o pequeno empresário em que ele não precise preocupar o quanto vai gastar, mas dando liberdade para que ele possa escolher”, diz Hannud.

As empresas também podem optar por ter a energia vinda de fontes renováveis, como a solar, hídrica e eólica. “A empresa se torna mais sustentável e passa a ter a sustentabilidade como ativo a longo prazo - o que é uma vantagem para o mercado atual”, diz Hannud. Hoje, 39% das energias renováveis são produzidas para atender ao mercado livre, segundo a Abraceel.

De acordo com o banco, nenhum investimento inicial é necessário, e a redução dos custos começam a ser percebidas logo no primeiro mês após a conclusão da transição que, segundo o BTG, leva em torno de seis meses. Para migrar para o mercado livre, as empresas precisam ter consumo médio de energia superior a 50 mil reais.

"Nosso propósito é oferecer uma experiência completa para nossos clientes, que além da redução de custos com energia, inclui também a oferta de produtos financeiros que proporcionem a simplificação da vida dos empresários. E nesse sentido, entendemos que energia seria um excelente setor para compor o leque de oferta aos nossos clientes", diz Gorito.

Com a perspectiva de que os critérios para a entrada de empresas no mercado livre sejam mais amplos a partir de 2024, o banco também espera ampliar o número de PMEs usando o serviço. Até lá, para expandir a oferta da solução para além da base atual de clientes, o BTG aposta na prospecção feita por parceiros estratégicos, que receberão uma comissão por novos contratos fechados.

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