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Bancos de países em desenvolvimento estão atrasados em ESG, diz Fitch

Segundo uma das maiores agências de análise de risco do mundo, bancos da América do Norte e da Europa têm liderado a adoção do ESG no setor

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Fitch Ratings: agência diz que bancos de países em desenvolvimento atrasados em ESG sofrem pressão constante para se adequarem (wolterfoto/ullstein bild/Getty Images)

Fitch Ratings: agência diz que bancos de países em desenvolvimento atrasados em ESG sofrem pressão constante para se adequarem (wolterfoto/ullstein bild/Getty Images)

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Bloomberg

Publicado em 11 de dezembro de 2020 às, 15h11.

Bancos de mercados emergentes atrasados em relação aos critérios ESG estão sob pressão crescente para se alinharem a concorrentes globais de maior porte na adoção de políticas de combate ao desmatamento em lugares como a Amazônia, segundo a Fitch Ratings.

“Esperamos que as políticas de bancos de mercados emergentes cubram mais questões ESG ao longo do tempo, embora as políticas dos bancos de mercados desenvolvidos também estejam em expansão”, disse por e-mail Mervyn Tang, analista da Fitch em Hong Kong, em referência à sigla em inglês para padrões ambientais, sociais e de governança.

Bancos da América do Norte e da Europa têm liderado a adoção do ESG no setor, com a mudança de políticas para produtores e compradores de commodities para vinculá-las a regiões florestais sob risco. Vários agora fazem parte de iniciativas como o Soft Commodities Compact e promovem produtos financeiros verdes, como empréstimos atrelados à sustentabilidade.

Empresas agrícolas em países como Brasil, Indonésia e Malásia dependem principalmente de bancos regionais que ainda não se comprometeram com um nível semelhante de diligência prévia ambiental. Com isso, empresas que operam principalmente no mercado doméstico enfrentaram menos pressão para adotar práticas sustentáveis.

Os bancos são os que mais influenciam a política ambiental das empresas, porque cobrem vários segmentos, desde empréstimos à coordenação de vendas de ações e títulos, escreveu a Fitch em relatório de setembro. Sanções governamentais e desinvestimentos por parte de investidores são menos eficazes, escreveram os analistas da Fitch.

A iniciativa em 2019 de 230 gestoras de fundos que defendem políticas contra o desmatamento na Amazônia, por exemplo, está entre as tentativas de desinvestimento que ainda não levaram a uma onda de medidas semelhantes, escreveram os analistas da Fitch no relatório.

Poucos investidores têm restrições amplas para o investimento em setores ligados ao desmatamento. Além disso, a regulamentação e sanções governamentais em grande parte não têm impacto financeiro, o que reflete os baixos níveis de cumprimento de regras como a Lei Lacey dos EUA, que proíbe o comércio ilegal de animais selvagens e produtos de madeira.

“Com a crescente popularidade de novos produtos que incorporam metas antidesmatamento em linhas de financiamento, os bancos têm um papel cada vez maior na condução do comportamento corporativo”, escreveram analistas liderados por Nneka Chike-Obi, em Hong Kong.

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