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Como começar a investir: passo a passo para investidores iniciantes

Dar o primeiro passo para investir pode parecer desafiador mas é mais simples do que parece; saiba como começar

Como começar a investir: aprenda o passo a passo (eternalcreative/Thinkstock)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de novembro de 2020 às 16h27.

Última atualização em 11 de julho de 2022 às 14h01.

Começar a investir pode parecer desafiador, especialmente quando as pessoas parecem falar uma língua que você não entende nem consegue acompanhar, com siglas e termos como CDI, CDB, LCI, FIIs, benchmark, NTN-B e por aí vai.

A EXAME Invest elaborou um guia para simplificar esse processo e acelerar seu crescimento no mundo dos investimentos:

Veja também

Como começar a começar a investir em 7 passos:

  1. Organize suas finanças
  2. Pense em investimento a curto, médio e longo prazo
  3. Calcule quanto precisa investir
  4. Ajuste suas contas com as metas
  5. Aprenda conceitos básicos sobre investimento
  6. Descubra seu perfil de investidor
  7. Escolha uma corretora ou banco

Entenda melhor cada passo para começar a investir:

1. Saiba como organizar as finanças

O primeiro passo para começar a investir é saber como organizar as finanças, com base nas contas fixas. Saiba exatamente quanto entra de salário e outras fontes de renda, e quanto sai com as despesas do mês.

Mantenha um controle, seja por caderno ou planilhas, de item a item, categoria por categoria. Este é o caminho para evitar dívidas e, consequentemente, ter uma noção de se é possível guardar dinheiro no fim do mês e de quanto.

É possível reforçar esse planejamento usando aplicativos de organização financeira, que mapeiam as despesas e pagamentos feitos pela conta bancária. Essas ferramentas ajudam a entender em quais categorias os gastos têm sido maiores, e quais deles podem ser cortados para melhorar o planejamento financeiro.

2. Pense em investimento a curto, médio e longo prazo

Quais são seus sonhos? Estabeleça objetivos baseados em metas de curto prazo (como jantar em um restaurante), de médio prazo (uma viagem) ou de longo prazo (mudar de casa ou guardar dinheiro para a aposentadoria).

A partir das metas defina os valores que você pretende gastar em cada tipo de investimento e em quanto tempo pretende alcançá-los.

Nessa lógica, é muito importante considerar as variáveis de rentabilidade, liquidez e risco. Por exemplo: se seu objetivo é de curto prazo, não faz sentido colocar o dinheiro em um investimento de baixa liquidez (ou seja, com vencimento com data posterior ao do objetivo ou plano).

Da mesma forma, também não faz sentido optar por uma aplicação com liquidez imediata se o plano é de longo prazo. Investimentos com disponibilidade de resgate a qualquer momento costumam ter rendimento mais baixo, e por isso o investidor que concentra toda a carteira em títulos assim acaba abrindo mão de um retorno potencial maior.

3. Calcule quanto precisa investir

Entender a quantia de dinheiro que você vai precisar e qual o intervalo de tempo que terá até a data do objetivo vai permitir a elaboração de um plano de voo realista para concretizar cada meta.

Para simplificar, existem fórmulas que ajudam a calcular quanto da renda deve ser poupado mensalmente. A regra mais famosa é a de separar 20% da renda mensal para fazer aportes regulares na carteira de investimentos.

No entanto, esse percentual pode ser maior ou menor, dependendo de uma série de variáveis. Caso o objetivo do investimento seja de curto prazo, provavelmente será necessário poupar uma quantia maior ou fazer um aporte inicial mais volumoso.

Caso o objetivo seja de longo prazo, é possível partir de um investimento inicial maior e fazer aportes periódicos menores -- e vice-versa.

Vale aqui reforçar a importância de um planejamento financeiro bem feito, para que o investidor consiga visualizar o esforço necessário para atingir as metas estipuladas.

4. Ajuste suas contas com as metas

Nem sempre o que você consegue guardar no fim do mês é suficiente para alcançar o objetivo a que se propôs. A partir daí será necessário ajustar as metas (valores e prazos) e as condições para alcançá-las (como cortar gastos ou buscar um rendimento maior).

É importante lembrar que a regra de poupar todo mês só é válida quando o investidor possui controle sobre as contas. Caso ele esteja pendurado em dívidas no cartão de crédito, cheque especial ou crédito consignado, por exemplo, é importante equilibrar esses débitos antes de montar a estratégia de investimentos.

Isso porque as dívidas bancárias costumam ter custos mais altos do que o retorno dos investimentos. Dessa forma, é mais vantajoso quitar débitos com juros caros ao invés de aplicar o dinheiro.

5. Aprenda conceitos básicos sobre investimento

Se você realmente quer saber como começar a investir é preciso buscar informações relevantes e entender como funcionam as principais aplicações (como renda fixa, renda variável, fundos, ações, etc.).

Ter esse conhecimento é fundamental para fazer escolhas adequadas de investimento. Uma dica é recorrer à EXAME Academy, a plataforma de educação digital da EXAME.

Por lá é possível encontrar cursos de níveis básicos a avançados, em uma linguagem fácil e acessível. Ao final de cada módulo você terá adquirido habilidades essenciais e, assim, poderá moldar o próprio futuro com base nos melhores investimentos para seus objetivos.

6. Descubra seu perfil de investidor

Você já deve ter ouvido falar por aí sobre investidor conservador, moderado e agressivo, não é mesmo? Esses são possíveis resultados ligados à descoberta de seu perfil de investidor.

Isso significa entender qual o nível de risco que você está disposto a correr, conforme os recursos disponíveis para investimento para alcançar os seus objetivos. A partir dessa informação é possível, então, fazer escolhas condizentes com o perfil e ter uma melhor assertividade quanto a quando, como, quanto e onde investir.

Tipos de perfil de investidor

São três os perfis de investidor mais comuns, cada um com suas características.

Conservador:

Oinvestidor conservador abre mão de perseguir uma rentabilidade maior, porque prioriza a segurança nos seus investimentos e tem baixíssima tolerância ao risco.Esses investidores têm maior necessidade de preservação do patrimônio e liquidez.

Por causa dessas razões, investem normalmente em ativos da renda fixa, como títulos do Tesouro Direto,CDBs, CRIs e CRAs, debêntures e LCIs e LCA s.

Moderado:

O perfil moderado é associado ao investidor que aceita um pouco mais de risco em busca de uma rentabilidade maior. Ele vai acessar investimento conservadores como a renda fixa, mas, como tem disposição para ativos mais arriscados, pode investir um percentual da carteira em produtos de renda variável, comoaçõesefundos imobiliários.

Arrojado (ou agressivo):

O investidor arrojado, também chamado de agressivo, é aquele que busca deretornosainda mais altos, abre mão de parte da segurança e investe um percentual maior da sua carteira em investimentos mais arriscados.Ações são uma das alternativas mais comuns, mas a carteira pode incluir ainda opções e contratos futuros.

7. Saiba como escolher uma corretora ou banco

Cumpridas as seis etapas acima, é hora de escolher uma corretora ou um banco que possa te ajudar com a orientação financeira necessária para que você escolha os investimentos adequados aos seus objetivos e perfil.

Os critérios para escolha da corretora ideal vão variar de acordo com cada perfil. Um investidor que tem interesse em investir em ações, por exemplo, ficará mais atento ao preço da corretagem e estabilidade do home broker.

Já um investidor que busque apenas comprar fundos de investimento ou aplicar no Tesouro Direto, não precisa analisar os detalhes das taxas de corretagem.

Qual a diferença entre investir e poupar?

Ao começar a investir, um dos primeiros conceitos que se deve aprender é a diferença entre poupar e investir. Estes termos, muitas vezes, acabam sendo indevidamente tratados como se fossem sinônimos. E não são.

Enquanto poupar significa economizar, investir é a forma de fazer o dinheiro trabalhar por conta própria, ampliando o potencial de multiplicação do patrimônio do investidor.

Embora sejam conceitos diferentes, poupar e investir são hábitos que andam de mãos dadas. Para criar uma disciplina de aportes periódicos é necessário economizar mês a mês -- daí a importância de fazer uma reserva financeira regular.

Poupança é um investimento?

As tradicionais cadernetas de poupança não são consideradas um investimento, porque são tidas mais como uma fonte para economia e não para aumento considerável do capital investido.

O dinheiro depositado na poupança não tem conseguido superar a variação da inflação, o que significa, na prática, que o dinheiro depositado na caderneta está perdendo valor com o tempo.

Deixar dinheiro na poupança é seguro?

Apesar da poupança ter um risco baixo, ela não é totalmente segura. Como o dinheiro fica aplicado em um banco, caso ele quebre é possível perder dinheiro - principalmente se você tiver uma quantia superior a R$ 250 mil.

Mesmo para quem busca a poupança pensando na segurança é importante saber que existem alternativas. Há muitos investimentos de renda fixa com rendimentos superiores ao da poupança e níveis de segurança semelhantes.

É o caso de alguns títulos do Tesouro Direto, que são considerados seguros porque são emitidos pelo governo. Por essa razão, são muito utilizados para investidores que estão montando a reserva de emergência: valor que está investido, mas pode ser rapidamente resgatado em caso de uma emergência médica ou a perda do emprego, por exemplo.

É possível investir com pouco dinheiro?

Um dos maiores mitos do mercado financeiro é que é preciso ter muito dinheiro para investir. Existem diversas aplicações cujo valor mínimo de investimento é de 1 real -- inclusive na bolsa de valores, onde é possível até comprar frações de uma ação.

Investir é possível e recomendável para pessoas em diferentes faixas de renda, incluindo aqueles que ganham pouco.

Investir tem a ver com saber administrar o seu orçamento, gastando menos do que recebe e sabendo aproveitar cada oportunidade de guardar dinheiro: pode ser uma refeição que deixou de ser feita na rua, uma compra por impulso não concretizada, um dinheiro extra que entrou e você decidiu guardar e por aí vai.

Melhores investimentos para iniciantes

O primeiro passo de qualquer investidor deve ser o de construir uma reserva de emergência. Não existe um valor exato para a reserva de emergência, porque esse cálculo vai depender do custo de vida de cada investidor.

Em geral, o que os especialistas recomendam é que a reserva de emergência seja composta por um valor que seja equivalente a pelo menos 6 vezes o custo mensal de cada pessoa.

Exemplo: Uma pessoa que tem despesas fixas (como gastos com moradia, transporte, alimentação e saúde) de 5 mil reais ao mês, a reserva de emergência precisará ser de, no mínimo, 30 mil reais.

Ao investir a reserva de emergência é preciso priorizar a liquidez para que esse montante possa ser resgatado facilmente e com agilidade. Também é preciso considerar que o investimento da reserva de emergência precisa ter alta segurança e baixa volatilidade.

Isso significa que nem todos os tipos de investimento são adequados para a reserva de emergência. Investimentos em renda variável, que podem sofrer grandes oscilações, por exemplo, não são a escolha adequada para a reserva.

Os melhores investimentos para a reserva de emergência são aqueles com alta segurança, alta liquidez e baixa volatilidade.

Essas características são encontradas em alguns ativos da renda fixa, como:

Quais conceitos básicos devo saber antes de começar a investir?

Três aspectos fundamentais devem ser considerados ao se analisar um investimento: o seu risco, a sua liquidez e a sua rentabilidade. Esses três fatores formam o chamado tripé ou tríade dos investimentos. Eles são chamados assim porque servem como uma base de análise para a tomada de decisão do investidor.

Os três fatores raramente estarão juntos e na mesma proporção em um único investimento. Isso significa que toda escolha de investimento representará uma renúncia a pelo menos um desses três aspectos.

Como o próprio nome sugere, o risco indica a chance de o investidor não receber retorno naquela aplicação. Todo e qualquer investimento possui risco, mas existem níveis diferentes desse risco.

Em alguns casos, o risco envolve o de perder toda ou parte da rentabilidade. Em outros, o risco é de perder também o valor inicial investido. Em geral, quanto maior o risco, maior a chance de prejuízos.

Já a liquidez é o fator que aponta para a disponibilidade do valor aplicado -- ou seja, com qual rapidez o investidor consegue resgatar a aplicação.

A liquidez é geralmente é determinada pela sigla D+X (por exemplo: D+1, D+2, D+30, e assim sucessivamente). O valor numérico indica o número de dias úteis necessários para que o dinheiro seja resgatado. Sendo assim, uma aplicação com D+30 levará 30 dias úteis para cair na conta do investidor, a partir do pedido de resgate.

A rentabilidade nada mais é do que o retorno previsto para aquele investimento. No caso da renda fixa, essa rentabilidade costuma já ser conhecida no momento em que o dinheiro é aplicado.

Já para a renda variável, a rentabilidade vai depender de uma série de fatores, e poderá ser positiva (lucro) ou negativa (prejuízo).

Tipos de investimentos

Depois de aprender sobre o tripé dos investimentos (rentabilidade, risco e liquidez) e sobre o perfil de investidor, o próximo passo é conhecer os tipos de investimento. Existem várias opções da renda fixa, recomendada para perfis conservadores, à renda variável, mais adequada para perfis arrojados.

Investimentos em renda fixa

A renda fixa é uma das principais portas de entrada para o mundo dos investimentos. Seus ativos apresentam como características o baixo risco de perdas e a elevada liquidez na maioria dos casos, como títulos do Tesouro Direto e alguns CDBs.

A contrapartida é que o rendimento pode ser limitado, especialmente em momentos de baixas taxas de juros, caso atual da economia brasileira.

Existem diferentes investimentos em renda fixa, que podem ser classificados segundo a rentabilidade (prefixada, pós-fixada e híbrida) ou segundo o emissor (instituição financeira, empresa privada ou governo).

Veja abaixo os mais conhecidos:

Investimentos em renda variável

Os ativos de renda variável são aqueles cujo retorno não segue uma fórmula pré-determinada nem fica atrelado a um indexador. Por essas razões, quem investe em renda variável não tem a garantia de quanto seu dinheiro vai render ao longo do tempo.

São ativos que oferecem um potencial maior de rentabilidade, mas, por outro lado, envolvem também riscos maiores de perdas. Podem dispor de alta liquidez (ações) ou baixa (fundos de ações).

Abaixo estão os principais investimentos da categoria:

Acompanhe tudo sobre:DiversificaçãoGuia de Investimentosrenda-fixaRentabilidadeReserva de EmergênciaTesouro Direto

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