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Afinal, vale a pena investir em COE?

Com turbulência no mercado local e baixa histórica da Selic, COE é opção de investidores que buscam retorno nos investimentos e proteção de capital

Para investir em COE, é preciso ter visão de longo prazo e estar atento ao mercado internacional (John Lamb/Getty Images)

Para investir em COE, é preciso ter visão de longo prazo e estar atento ao mercado internacional (John Lamb/Getty Images)

Muito popular no exterior como notas estruturadas, o Certificado de Operação Estruturada (COE) foi regulamentado no Brasil em 2015. Mas, com a Selic em seu patamar mais baixo e as recentes turbulências no mercado local, muitos investidores viram a rentabilidade de seus ativos cair. E, de olho na retomada da economia global e em busca de mais proteção ao capital, voltaram as atenções ao COE.

Estamos falando de um veículo de acesso a ativos internacionais, como moedas, ações, fundos, commodities, índices de ações como o S&P 500, mas com um risco menor. “A estrutura em si combina uma operação de renda fixa com uma de derivativos”, explica Jerson Zanlorenzi, responsável pela mesa de renda variável e derivativos do BTG Pactual digital.

Isso porque o COE oferece capital protegido e liquidez baixa, com prazos que podem variar de seis meses a cinco anos, como outros produtos de renda fixa. E oferece ganhos ao investidor, em caso de alta — mas com um limitador de rentabilidade —, ou o valor nominal de volta em caso de perdas no ativo escolhido.

Como funciona na prática

 

Vamos supor que, após analisar o mercado, o investidor preveja uma alta do dólar nos próximos meses e compre um COE atrelado à variação da moeda, com rentabilidade de até 20%. Se houver uma valorização de 30% do dólar, por exemplo, o cliente recebe o capital investido e mais o teto de 20% da rentabilidade.

Caso o dólar tenha recuado 15%, o cliente recebe o mesmo valor que investiu. “Ou seja, no pior cenário, vai receber ao final da operação exatamente o montante aplicado”, afirma Zanlorenzi. Portanto, o produto é indicado para quem quer diversificar a carteira em busca de um retorno de renda variável, mas que não tolera perdas consistentes.

Aplicação acessível

 

A mudança no valor do investimento inicial também é um dos fatores que atraíram os investidores. Antes, o investimento mínimo era de cerca de 50.000 reais. Mas hoje já é possível comprar um COE com 1.000 reais, o que permite ao investidor experimentar a modalidade sem alocar grande parte de seu patrimônio nela.

“Por isso que é uma ótima ferramenta para diversificar os investimentos", explica Zanlorenzi. “São operações do mercado global que só seriam acessíveis em fundos exclusivos e contas fora do país, por exemplo, mas que hoje estão acessíveis ao investidor com tíquete médio baixo”, afirma.

Zanlorenzi destaca também a proteção diante da variação cambial. “Por mais que o investimento seja em um ativo internacional, a desvalorização do real não impacta o investimento. Ou seja, caso compre um COE da Nasdaq, por exemplo, e ela suba 10%, o COE também vai subir 10%”, explica.

Outra vantagem é o imposto de renda, que segue a tributação da renda fixa, sem exigir emissão de Darf, comum na renda variável. “O investidor recebe a rentabilidade líquida, que segue a tabela regressiva”, diz. Ela prevê desconto de 15% para investimentos acima de 720 dias. O maior percentual, 22,5%, incide sobre aqueles com prazo menor que 180 dias.

Perfil do investidor

 

Antes de optar pela compra do COE, o investidor deve entender seu perfil de risco e estabelecer objetivos claros. “É preciso ter uma visão de longo prazo e estar atento ao mercado internacional”, explica Zanlorenzi.

“A expectativa precisa estar bem alinhada para não gerar frustração. As operações de mercado global costumam ter prazo mais longo. A experiência para o cliente que vê flutuações no mercado e deseja sair com rapidez não é das melhores”, complementa. “O erro está na expectativa errada, não em uma falha do produto, que sempre foi negociado internacionalmente dessa forma com uma boa aceitação”, conclui.

Portanto, se o seu objetivo é proteger o capital, mas ter alta liquidez, como no caso da reserva de emergência, o COE passa longe de ser o produto ideal. “Se fizer isso, é claro que a experiência será negativa, pois o investidor pode precisar de um dinheiro a qualquer momento, e ele não vai estar disponível”, justifica.

Nesse caso, existem ativos muito mais adequados, como os próprios CDBs com liquidez diária oferecidos pelo BTG, com taxas de remuneração equivalentes a 103% e 104% do CDI. Eles garantem a proteção do capital e ainda ficam acessíveis para saque a qualquer momento.

“Por outro lado, um cliente que pensa em ter 10% do portfólio alocado nos Estados Unidos, pensando no médio e no longo prazo, encontra no COE uma ótima oportunidade de investimento”, diz.

O BTG tem nove COEs em sua plataforma, com ofertas em mercados variados e investimento mínimo de 5.000 reais, sem taxa de administração e corretagem. E lembre-se: após a contratação, acompanhe o mercado sem sofrimento. Sem liquidez diária, não é preciso monitorar constantemente cada variação nos ativos.

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