As empresas brasileiras estão confiantes sobre como inovam, afirma Diego Puerta, da Dell
A fornecedora americana de tecnologia consultou os clientes para entender como eles estão frente à inovações como inteligência artificial e nuvem; o resultado demonstrou dualidade nas posições
Repórter
Publicado em 19 de setembro de 2023 às 13h12.
Última atualização em 19 de setembro de 2023 às 14h21.
Quem é você na fila da inteligência artificial (IA) e outras inovações? No caso das empresas brasileiras, a posição é otimista do lugar onde se encontram. Segundo o estudo “ The State of Innovation ”, realizado pela Dell com 6.600 líderes de TI,83% das empresas brasileiras se consideram avançadas no que diz respeito a incluir novas tecnologias em suas operações.
O número, contudo, não se traduz na segurança dessas empresas sobre o que elas fazem a longo prazo. A pesquisa evidencia que 52% têm medo da velocidade da inovação e de serem ostracizadas entre 3 e 5 anos.
- Onde vivem os ultrarricos? Veja as 10 cidades escolhidas por quem tem mais de US$ 30 milhões
- Apple lança Tap to Pay no iPhone no Brasil e dispensa maquininhas na hora de pagar
- “A IA estará cada vez mais presente na entrega de alimentos”, diz Diretora de CX do iFood
- CPTM: funcionários das bilheterias das linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda entram em greve
- Sabiá vence o mais tradicional concurso de azeites do mundo, na Itália
- China tem mais de 3.500 quilômetros de estradas inteligentes; saiba como funciona
"As empresas brasileiras estão confiantes sobre como inovam, e muitas estão preparadas para contornar os obstáculos. No entanto, o cenário atual requer velocidade. E quem está liderando em inovação não começou agora, é um trabalho muito anterior", diz o presidente da Dell Technologies no Brasil, Diego Puerta.
Para Puerta, a IA generativa levada às massas pelo ChatGPT fez com que as empresas reavaliassem suas operações, sobretudo nos processos que permitem aproveitar da tecnologia.
Do lado da Dell, no momento atual valeu a pena tomar a posição de orquestrador de inovação e também de consultoria para que os clientes surfassem as ondas. Em um exemplo, a fornecedora decidiu que a oferta de nuvem, para IA ou outros processos, possa ser ofertada até por outros players, como AWS e Google Cloud, a depender da necessidade do freguês.
"Recalibrar o uso da nuvem entrou na pauta dos nossos clientes, como mostra a pesquisa. Por consequência, se tornou um ponto para nós. Ainda que a Dell não desenvolva IA, formatamos nosso portfólio para que exista essa oferta e ela se adapte às necessidades dos clientes", afirma.
O estado da inovação
A pesquisa da Dell também se debruçou sobre a classificação das empresas em inovação, sendo as posições definidas em "Líderes, Adotantes, Avaliadores, Seguidores ou Retardatários".
No Brasil, 5% das empresas foram classificadas como Líderes em Inovação. Apesar do número baixo, ele está bem acima da média global, onde esse índice foi de apenas 2%.
As organizações classificadas nessa categoria são aquelas que apresentam uma estratégia completa de inovação e estão melhor preparadas para enfrentar desafios – como uma recessão global, problemas na cadeia de suprimentos, impactos ambientais, entre outros – e continuar crescendo.
Por outro lado, a maioria das companhias entrevistadas no país (42%) se encaixaram na categoria de Avaliadores da Inovação, mostrando que já têm uma preocupação com o tema e buscam construir um planejamento para acelerarem a inovação, contudo, a adoção desses planos tem sido gradual ou eles encontram-se em estágio inicial.