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Meta ajusta projeções financeiras e planeja aumentar gastos em 2024

Com resultados acima das expectativas no primeiro trimestre, a empresa projeta um aumento significativo nos gastos, enquanto suas estimativas de vendas para o segundo semestre ficam abaixo do esperado

(JOSH EDELSON/Getty Images)
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 24 de abril de 2024 às 17h50.

Última atualização em 25 de abril de 2024 às 17h23.

A Meta divulgou nesta quarta-feira, 24, seus resultados financeiros para o primeiro trimestre do ano,apresentando uma receita de US$ 36,5 bilhões, equivalente a aproximadamente R$ 187,9 bilhões, marcando um crescimento de 27% em comparação ao mesmo período do ano anterior. O resultado superou as previsões dos analistas, que esperavam uma receita de US$ 36,1 bilhões.

No período, a empresa obteve um lucro líquido de US$ 12,37 bilhões, ou US$ 4,71 por ação, mais que dobrando o lucro registrado um ano antes. Apesar dos números positivos, as ações da Meta enfrentaram uma queda de 11% no after market, influenciadas por projeções de vendas para o segundo semestre que não atenderam às expectativas do mercado. A empresa agora espera gerar entre US$ 36,5 bilhões e US$ 39 bilhões em vendas, abaixo dos US$ 38,2 bilhões previstos pelos analistas.

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Além disso, a Meta revisou para cima sua estimativa de gastos para 2024, projetando agora despesas entre US$ 35 bilhões e US$ 40 bilhões, um aumento significativo em relação às previsões anteriores de US$ 30 bilhões a US$ 37 bilhões. Esse aumento está associado aos investimentos em servidores, inteligência artificial e data centers.

Os investimentos em tecnologia, especialmente em inteligência artificial, são parte do esforço da Meta para manter sua competitividade frente a gigantes como Microsoft e Alphabet. Recentemente, a empresa anunciou a construção de um novo centro de dados de US$ 800 milhões e o desenvolvimento de chips próprios para aprimorar seus serviços de IA.

No trimestre, a Reality Labs, divisão focada em tecnologias futuristas como realidade virtual e aumentada, registrou um prejuízo de US$ 3,85 bilhões, mantendo-se estável em relação ao ano anterior. Apesar dos desafios, a empresa confirmou planos de aumentar ainda mais os gastos em 2024, prevendo desembolsar entre US$ 96 bilhões e US$ 99 bilhões, principalmente em infraestrutura e tecnologias emergentes.

O anúncio dos resultados ocorreu no mesmo dia em que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, aprovou uma legislação impactando diretamente a ByteDance, proprietária do TikTok, o que pode beneficiar a Meta caso o aplicativo seja banido nos EUA.

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