Hackers estão usando inteligência artificial para aprimorar golpes, diz Microsoft
Segundo a empresa, grupos da Rússia, Coreia do Norte, Irã e China foram identificados usando grandes modelos de linguagem como o ChatGPT
Repórter
Publicado em 14 de fevereiro de 2024 às 11h20.
Última atualização em 14 de fevereiro de 2024 às 11h21.
Nesta quarta-feira, 14, a Microsoft e a OpenAI revelaram que hackers estão utilizando grandes modelos de linguagem (LLM) como o ChatGPT para aprimorar golpes cibernéticos. As empresas divulgaram uma pesquisa recente, que identificou grupos da Rússia, Coreia do Norte, Irã e China usando a ferramenta para aprimorar ataques e contornar possíveis medidas de segurança.
Em publicação, a Microsoft detalhou o que foi identificado pelas empresas americanas.
O grupo Strontium, ligado à inteligência militar russa, está utilizando LLMs para compreender protocolos de comunicação por satélite. Eles também estão usando inteligência artificial para automatizar operações técnicas.
Ainda segundo a Microsoft , o grupo norte-coreano Thallium tem utilizado LLMs para pesquisar vulnerabilidades e redigir conteúdo para campanhas de phishing.
O grupo iraniano Curium também está usando LLMs para gerar e-mails de phishing e códigos evasivos para evitar a detecção por softwares antivírus.
Embora até o momento não tenham sido detectados "ataques significativos" utilizando LLMs, a Microsoft e a OpenAI estão fechando contas associadas a esses grupos de hackers.
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A Microsoft também expressa preocupação sobre futuros casos de uso da IA em ataques cibernéticos, comofraudes envolvendo o uso da voz.
“Uma amostra de voz de três segundos pode treinar um modelo para soar como qualquer pessoa”, diz a Microsoft. “Mesmo algo tão inócuo como a saudação do correio de voz pode ser usado para obter uma amostra suficiente”.
A Microsoft está desenvolvendo o Security Copilot , um assistente de IA para auxiliar profissionais de segurança cibernética.
Além disso, a gigante do software está reforçando a segurança de seus produtos após uma série de ataques à nuvem Azure e incidentes envolvendo espionagem por parte de hackers russos em executivos da empresa.
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