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EUA aumenta restrições de exportação para chips de IA; entenda como a medida afeta a Nvidia

Nova regra divide países em três grupos com diferentes restrições de exportação, o que levanta preocupações sobre competitividade global e inovação tecnológica

TOPSHOT - Nvidia CEO Jensen Huang delivers a keynote address at the Consumer Electronics Show (CES) in Las Vegas, Nevada on January 6, 2025. Gadgets, robots and vehicles imbued with artificial intelligence will once again vie for attention at the Consumer Electronics Show, as vendors behind the scenes will seek ways to deal with tariffs threatened by US President-elect Donald Trump. The annual Consumer Electronics Show (CES) opens formally in Las Vegas on January 7, 2025, but preceding days are packed with product announcements. (Photo by Patrick T. Fallon / AFP) (Photo by PATRICK T. FALLON/AFP via Getty Images) (PATRICK T. FALLON/Getty Images)
Ramana Rech

Redatora

Publicado em 14 de janeiro de 2025 às 13h40.

Última atualização em 14 de janeiro de 2025 às 14h03.

O Departamento de Comércio da administração do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, lançou na segunda-feira, 14, novas regras para a indústria de semicondutores do país. A medida tem previsão de afetar a gigante Nvidia , que hoje figura com a maior produtora de chips do mundo.

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As novas regras atingem Unidades de Processamento Gráfico (GPU), que são um tipo de chip conhecidos pelo processamento de gráficos 3D e que hoje permitem as IA generativas. Boa parte dos data centers globais utilizam o GPU produzido pela Nvidia, que diz ter 90% do market share.

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Apesar da maioria dos GPUS ser produzido em Taiwan, as companhias que o projetam estão localizadas nos Estados Unidos e, por isso, entram na jurisdição lançada pelo Departamento de Comércio do país.

Jensen Huang: CEO da Nvidia (PATRICK T. FALLON/Getty Images)

A regulação recém-lançada agrupa os países em três categorias com diferentes controles de exportação.

No primeiro grupo estão os aliados dos Estados Unidos, em que os GPUs podem circular livremente. São eles: Austrália, Bélgica, Canadá, Dinamarca, Finlândia, França, Alemanha, Irlanda, Itália, Japão, Holanda, Nova Zelândia, Noruega, República da Coreia, Espanha, Suécia, Taiwan e Reino Unido.

O segundo grupo são os “países de preocupação”, onde a exportação dos GPUs será banida completamente. Isso inclui China, Hong Kong e Macau, Rússia, Irã, Coreia do Norte, Venezuela, Nicarágua e Síria.

Os demais países terão um limite de negociação de 100 mil GPUs. Para negociações maiores, será necessário um processo de verificação e a autorização do governo.

O anúncio da Casa Branca afirma que é preciso que a tecnologia de IA “ande em trilhos americanos” para garantir a segurança e a força econômica nacional. Diz ainda que o avanço computacional em mãos erradas pode levar a “desenvolvimento de armas de destruição em massa, apoio de poderosas operações cibernéticas ofensivas e auxílio a abusos aos direitos humanos, como vigilância em massa”.

"Um pântano regulatório"

A Nvidia criticou duramente a nova proposta de regulação de semicondutores e tecnologias de IA apresentada pelo governo Biden. Segundo a empresa,as regras propostas, com mais de 200 páginas, representam um “pântano regulatório” que ameaça a competitividade global dos Estados Unidos.

“Esse amplo alcance imporia controle burocrático sobre como os principais semicondutores, computadores e softwares são projetados e comercializados globalmente”, afirmou a Nvidia em nota à EXAME.

A empresa destacou que a medida não apenas prejudica a inovação, mas também enfraquece o crescimento econômico e a posição dos EUA no mercado global. "Embora camufladas sob o disfarce de uma medida 'anti-China', essas regras não contribuiriam em nada para aumentar a segurança dos EUA. Pelo contrário, minam a liderança que os americanos conquistaram duramente ao longo das décadas", disse o porta-voz da empresa.

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