Empresas que usam tecnologias como IA são 23% mais lucrativas, diz estudo
Relatório da Accenture mostra também que líderes no uso de IA obtêm retornos 15% melhores aos acionistas
Publicado em 31 de julho de 2024 às 14h20.
Última atualização em 31 de julho de 2024 às 14h51.
Empresas que usam tecnologias de ponta e seus processos são23% mais lucrativas, segundo uma pesquisa da Accenture. O estudo aponta que essas empresas têm seis vezes mais probabilidade de usar inteligência artificial (IA) e IA generativa em seus processos logísticos.
Para o relatório “Next stop, next-gen”, a Accenture analisou 1.148 empresas, de 10 setores, em 15 países. A maturidade de supply chain é definida pela capacidade de utilizar IA generativa, machine learning e outras tecnologias paradecisões autônomas, simulações avançadas e melhorias contínuas. Tais competências permitem que as empresas se adaptem rapidamente às mudanças e adotem novas tecnologias de forma eficaz.
Os dados mostram que as 'Líderes', representando 10% das empresas com maior pontuação em maturidade, atingirammargens 23% superiores(11,8% versus 9,6%) eretornos 15% melhores aos acionistas(8,5% versus 7,4%) entre 2019 e 2023.
Flávio Barreiros, líder de Supply Chain & Operations para a América Latina na Accenture destaca que, enquanto apenas 9% de todas as empresas utilizam IA amplamente, entre as líderes esse número sobe para 37%, contra apenas 6% de seus concorrentes.
Por essa capacidade, as líderes esperimentam benefícios significativos, comoreduzir em 30% o tempo de desenvolvimento de novos produtosemelhorar a eficiência dos recursos de engenharia em 30%.
No entanto, o cenário geral é preocupante. A pontuação média de maturidade das cadeias de suprimentos aumentou mais de 50% entre 2019 e 2023, mas ainda é baixa: 36%. Há variações significativas entre setores e países — de 22% no México a 52% no Japão, e de 31% no setor de bens de consumo a 40% na indústria aeroespacial e de defesa.
Para competir no atual contexto econômico, as empresas precisam de cadeias de suprimentos robustas. As estratégias antigas, como sourcing global de baixo custo, não são mais suficientes. Barreiros acrescenta: “Reinventar as cadeias de suprimentos exige monitorar fornecedores em tempo real, alterar rapidamente a produção e simular o ciclo de vida de um produto. Conectar dados rapidamente e usar tecnologias avançadas fará toda a diferença.”
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