Coleção "Unsupervised": uma das obras de Refik Anadol (MoMa/Reprodução)
Repórter
Publicado em 6 de setembro de 2023 às 14h13.
Última atualização em 6 de setembro de 2023 às 14h15.
Desde o Renascimento até o pós-modernismo, houve uma evolução constante nas técnicas e estilos de pintura e escultura, desafiando e superando as convenções das eras anteriores. Atualmente, o debate central se volta à uma tendência emergente: expressões artísticas geradas por inteligência artificial (IA) podem ser arte?
Esse limiar poderá ser questionado pelos frequentadores do festival de música The Town que passarem pelo Espaço Itaú, ainda que este não seja o foco principal do evento, em uma exposição interativa do artista turco Refik Anadol, que conquistou atenção internacional no MoMA em Nova Iorque com "Unsupervised", feito em parceria com a inteligência artificial.
Refik Anadol é renomado na arte digital e tem como foco discutir o impacto das novas tecnologias na cultura atual. Suas obras abordam a fusão entre natureza, arquitetura, mídias e inteligência artificial, proporcionando ao público uma experiência imersiva.
Após sua participação no programa Google AMI Arts and AI em 2016, Anadol e sua equipe têm se aprofundado em algoritmos personalizados, processando extensos conjuntos de dados para revelar nuances de realidades externas e memórias coletivas.
O estúdio trabalhou com mais de 4 bilhões de imagens e treinou mais de 300 modelos de IA com conjuntos de dados de imagem, som e texto.
No The Town, além das obras de Anadol, os visitantes terão acesso a conteúdos em 3D e design de movimento, proporcionando uma experiência similar à Times Square.
Ações interativas, como a exibição de cenas da audiência em tempo real e imagens geradas por IA, serão destaques.