Dos três países, Chile continua como o país mais avançado em IA (Freepik)
Agência de notícias
Publicado em 25 de setembro de 2024 às 16h23.
O Chile, Brasil e Uruguai lideram o uso da inteligência artificial (IA) na América Latina, embora a região ainda esteja distante do desenvolvimento observado nos Estados Unidos e Europa, segundo um relatório apoiado pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal). O estudo foi apresentado na terça-feira, 24, em Santiago, no Chile.
Pelo segundo ano consecutivo, o Chile ocupa a primeira posição no Índice Latino-Americano de Inteligência Artificial (Ilia), que mede a aplicação da IA em 19 países.
O relatório, elaborado desde 2023 pelo Centro Nacional de Inteligência Artificial do Chile (Cenia) com apoio da Cepal, da União Europeia, empresas privadas e universidades, considerou fatores como avanço da pesquisa, inovação, infraestrutura, dados e desenvolvimento de talento humano.
Nos resultados, o Chile continua como o país mais avançado em IA, com 73,07 pontos em uma escala de 100, seguido pelo Brasil, com 69,3, e pelo Uruguai, com 64,98.
Nos três países, "destacam-se os esforços em infraestrutura tecnológica, desenvolvimento de talento especializado, produtividade científica e capacidade de inovação", conforme indica a pesquisa.
Apesar do progresso, Rodrigo Durán, diretor executivo da Cenia, alertou para o fato de que, na América Latina, "há muita vontade e interesse pela tecnologia, mas falta um senso de urgência" em sua implementação. Um dos maiores desafios da região é a incapacidade de desenvolver e reter profissionais especializados em IA, o que tem contribuído para uma significativa "fuga de talentos".