Ouro recua após relatório de emprego motivar ativos de risco
Criação de empregos maior que a esperada em junho nos EUA motivar investidores a buscarem ativos de maior risco
Da Redação
Publicado em 3 de julho de 2014 às 16h15.
São Paulo - Os contratos futuros de ouro negociados na Comex, a divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), fecharam em queda nesta quinta-feira, 3, pela primeira vez em cinco sessões, após a criação de empregos maior que a esperada em junho nos EUA motivar investidores a buscarem ativos de maior risco.
O contrato de ouro mais negociado, com entrega para agosto, caiu US$ 10,30 (0,8%), fechando a US$ 1.320,60 a onça-troy.
Na semana - mais curta devido ao feriado do Dia da Independência nos EUA -, os preços ficaram praticamente estáveis, com leve alta de US$ 0,60.
O relatório de emprego (payroll) mostrou a criação de 288 mil vagas em junho, superando as 215 mil esperadas pelo mercado.
Foi o quinto mês consecutivo de contratações acima de 200 mil, a maior sequência neste nível desde o final dos anos 90.
A última vez que esta sequência ocorreu foi entre setembro de 1999 e janeiro de 2000, segundo um levantamento do The Wall Street Journal.
A taxa de desemprego caiu de 6,3% em maio para 6,1% no mês passado, ante expectativa de estabilidade, alcançando também o menor nível desde setembro de 2008.
"Em um ambiente mais normal e menos tenso, os dados de emprego deveriam ter feito o ouro cair muito mais, por volta de US$ 25 a US$ 30 a onça-troy, mas não estamos em condições normais", afirmou Jeffrey Wright, analista da H.C. Wainwright.
"O noticiário econômico positivo dos EUA é minimizado, em parte, por eventos externos sobre os quais os EUA não têm influência ou controle."
Nas últimas sessões, tensões na Ucrânia e no Oriente Médio vinham impulsionando os preços do metal precioso.