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Líderes do Pacífico cerram fileiras contra terrorismo

EM documento, os líderes das duas margens da Bacia do Pacífico sublinharam a "necessidade urgente de lutar contra o terrorismo "

Reunião da Apec: "O crescimento econômico e a prosperidade são ferramentas para tratar as causas da radicalização" (Jonathan Ernst / Reuters)
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Da Redação

Publicado em 19 de novembro de 2015 às 13h08.

Manila - A 23ª cúpula anual do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec) terminou em Manila com um discurso uníssono sobre a importância de cerrar fileiras contra o terrorismo e um chamado para combatê-lo através da solidariedade internacional.

Os líderes dos 21 países participantes, entre eles o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama , e da China, Xi Jinping, encerraram a reunião com uma declaração em que advertiram que não permitirão que "o terrorismo ponha em perigo nossos valores fundamentais".

No documento, os líderes das duas margens da Bacia do Pacífico sublinharam a "necessidade urgente de lutar contra o terrorismo mediante a cooperação internacional", e citaram os recentes ataques em Paris, Beirute e na Península do Sinai, reivindicados pelo jihadista Estado Islâmico (EI).

Os signatários, que incluem também os primeiros-ministros de Japão, Shinzo Abe; Austrália, Malcolm Turnbull; Rússia, Dmitri Medvedev; e Canadá, Justin Trudeau, propõem a melhoria das condições de vida como meio para conter o extremismo.

"O crescimento econômico e a prosperidade são ferramentas para tratar as causas da radicalização" destacou o texto, em que os líderes do Apec também garantiram "o compromisso de favorecer a estabilidade e a paz na região da Ásia-Pacífico".

A nota não faz referência, no entanto, ao litígio entre a China e cinco países do organismo pela soberania de um arquipélago do Mar do Sul da China, disputa que dominou boa parte dos encontros bilaterais realizados paralelamente à cúpula, que tinha sido convocada com uma agenda social com o lema "por um crescimento inclusivo, por um futuro melhor".

A disputa pelas Ilhas Spratly também motivou um novo desencontro entre Xi e Obama, que aproveitou sua viagem à capital filipina para apoiar a postura de Manila - um dos países que disputam com Pequim as Spratly e aliado principal dos EUA no Sudeste Asiático, de submeter o litígio a uma arbitragem internacional, o que a China rejeita firmemente.

Obama prometeu às Filipinas a entrega de dois novos navios de guerra para garantir sua "patrulha marítima".

Ao mesmo tempo, em Washington, era anunciada ajuda financeira suplementar para investimentos em Defesa a outros dois países que disputam também as Spratly; Vietnã e Malásia.

Também participaram da cúpula os presidentes de Chile, Michelle Bachelet; México, Enrique Peña Nieto, e Peru, Ollanta Humala, todos países membros da Aliança do Pacífico e os três únicos da América Latina que fazem parte do Apec.

A reunião contou também com a presença como convidado especial do presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, cujo país é o quarto membro da Aliança do Pacífico, mas não integrado, embora tenha pedido sua entrada na organização transpacífica.

Não faltaram na cúpula de Manila manifestações de protesto convocadas por movimentos sindicais e grupos antiglobalização.

A polícia filipina inibiu mil pessoas que tinham se reunido nas imediações do palácio de congressos, onde aconteceu a conferência, na orla da cidade, que esteve rodeada durante os dois dias do encontro por um forte dispositivo de segurança.

Os manifestantes levavam cartazes que diziam "somos os trabalhadores do mundo" e "justiça e liberdade".

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Manila - A 23ª cúpula anual do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec) terminou em Manila com um discurso uníssono sobre a importância de cerrar fileiras contra o terrorismo e um chamado para combatê-lo através da solidariedade internacional.

Os líderes dos 21 países participantes, entre eles o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama , e da China, Xi Jinping, encerraram a reunião com uma declaração em que advertiram que não permitirão que "o terrorismo ponha em perigo nossos valores fundamentais".

No documento, os líderes das duas margens da Bacia do Pacífico sublinharam a "necessidade urgente de lutar contra o terrorismo mediante a cooperação internacional", e citaram os recentes ataques em Paris, Beirute e na Península do Sinai, reivindicados pelo jihadista Estado Islâmico (EI).

Os signatários, que incluem também os primeiros-ministros de Japão, Shinzo Abe; Austrália, Malcolm Turnbull; Rússia, Dmitri Medvedev; e Canadá, Justin Trudeau, propõem a melhoria das condições de vida como meio para conter o extremismo.

"O crescimento econômico e a prosperidade são ferramentas para tratar as causas da radicalização" destacou o texto, em que os líderes do Apec também garantiram "o compromisso de favorecer a estabilidade e a paz na região da Ásia-Pacífico".

A nota não faz referência, no entanto, ao litígio entre a China e cinco países do organismo pela soberania de um arquipélago do Mar do Sul da China, disputa que dominou boa parte dos encontros bilaterais realizados paralelamente à cúpula, que tinha sido convocada com uma agenda social com o lema "por um crescimento inclusivo, por um futuro melhor".

A disputa pelas Ilhas Spratly também motivou um novo desencontro entre Xi e Obama, que aproveitou sua viagem à capital filipina para apoiar a postura de Manila - um dos países que disputam com Pequim as Spratly e aliado principal dos EUA no Sudeste Asiático, de submeter o litígio a uma arbitragem internacional, o que a China rejeita firmemente.

Obama prometeu às Filipinas a entrega de dois novos navios de guerra para garantir sua "patrulha marítima".

Ao mesmo tempo, em Washington, era anunciada ajuda financeira suplementar para investimentos em Defesa a outros dois países que disputam também as Spratly; Vietnã e Malásia.

Também participaram da cúpula os presidentes de Chile, Michelle Bachelet; México, Enrique Peña Nieto, e Peru, Ollanta Humala, todos países membros da Aliança do Pacífico e os três únicos da América Latina que fazem parte do Apec.

A reunião contou também com a presença como convidado especial do presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, cujo país é o quarto membro da Aliança do Pacífico, mas não integrado, embora tenha pedido sua entrada na organização transpacífica.

Não faltaram na cúpula de Manila manifestações de protesto convocadas por movimentos sindicais e grupos antiglobalização.

A polícia filipina inibiu mil pessoas que tinham se reunido nas imediações do palácio de congressos, onde aconteceu a conferência, na orla da cidade, que esteve rodeada durante os dois dias do encontro por um forte dispositivo de segurança.

Os manifestantes levavam cartazes que diziam "somos os trabalhadores do mundo" e "justiça e liberdade".

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