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Fundador do Ethereum fala sobre ETH 2.0, NFTs e taxas na Crypto Week

Joel Dietz abriu programação do penúltimo dia do evento e falou sobre a segunda maior criptomoeda do mundo; confira como foi o dia 4 da Crypto Week

(Frank Lee/Getty Images)
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Gabriel Rubinsteinn

Publicado em 29 de abril de 2021 às 19h08.

Última atualização em 20 de maio de 2021 às 19h42.

O penúltimo dia da Crypto Week, realizado nesta quinta-feira, 29, reuniu nomes relevantes do mercado de criptomoedas e blockchain. Foram seis painéis ao longo do dia, com destaque para a participação de Joel Dietz, um dos fundadores do projeto Ethereum.

Na abertura da programação, Dietz, que também fundou a popular carteira de criptoativos MetaMask, falou sobre a evolução da rede que sustenta a segunda maior criptomoeda do mundo ao longo dos últimos anos, sobre a implementação do ETH 2.0 e até sobre o momento atual, em que a rede é criticada pelas altas taxas cobradas para transações.

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Questionado por Nicholas Sacchi, especialista em criptoativos do BTG Pactual, sobre o impacto da alta nas taxas em mercados como o de NFTs e se o lançamento do ETH 2.0 poderá resolver o problema, Dietz comentou: "Ainda é cedo para afirmar se o ETH 2.0 vai resolver, mas as plataformas já estão buscando outras soluções, como redução das taxas cobradas por elas. E, no caso, por exemplo, de NFTs baratos, de 100 dólares, que realmente não têm na rede Ethereum uma opção viável atualmente, tenho minhas dúvidas se redes como Solana ou Binance Smart Chain são viáveis. Acredito que a solução definitiva para isso ainda precise ser desenvolvida. E isso é uma das coisas boas deste mercado, as coisas se desenvolvem muito rapidamente. Quando alguém vê uma demanda, necessidade ou oportunidade, isso é rapidamente desenvolvido".

O quarto dia da Crypto Week também teve painel sobre os fundos de investimento em criptoativos, com o sócio da gestora BLP Asset, Axel Blikstad, que falou sobre os riscos de não ter exposição à esta classe de ativos em seu portfólio.

Depois, o evento ainda contou com debates sobre aspectos legais da indústria de criptomoedas e blockchain com a participação da advogada árabe Kokila Alagh e de Mohammed Mahfoudh, especialista em serviços de consultoria e auditoria com vasta experiência em finanças corporativas, tecnologia, startups e gestão estratégica - ambos baseados em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

Na sequência, vieram os paineis de Anish Mohammed, co-fundador do Panther Protocol e de Robert Gryn, empreendedor do setor de criptoativos que entrou para a lista de mais ricos da Polônia segundo a Forbes.

Por último, o evento promoveu um debate com os especialistas Alex Nascimento, que é colunista do Future of Money; o CEO da Transfero, Thiago César; o economista Gustavo Cunha; e Nicholas Sacchi. Durante o painel, os especialistas discutiram sobre a relação entre as criptomoedas e as moedas digitais emitidas por bancos centrais (CBDC’s).

Para os participantes, os criptoativos levantaram uma bandeira de alerta para os bancos centrais e, de certa forma, atuaram como um catalisador para a digitalização das moedas fiduciárias. Apesar de terem pontuado que o surgimento das CBDC’s pode auxiliar na adoção do bitcoin e de outros criptoativos, para os participantes, uma substituição total das moedas emitidas por bancos centrais ainda parece utópica.

Nesta sexta-feira, acontece o último dia da Crypto Week, com mais uma rodada de paineis e debates sobre criptoativos, blockchain e temas relacionados, que você pode acompanhar online, ao vivo e de graça no site oficial do evento, que é apresentado pela EXAME.

Acompanhe tudo sobre:BlockchainCriptomoedas

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