Future of Money

Venezuela restringe acesso de investidores de criptomoedas ao site da Binance

Em publicação, corretora de criptomoedas afirma que a restrição faz parte de limitações mais amplas impostas para usuários

Binance é a maior corretora de criptomoedas do mundo (Reprodução/Unsplash)

Binance é a maior corretora de criptomoedas do mundo (Reprodução/Unsplash)

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 12 de agosto de 2024 às 15h56.

Última atualização em 12 de agosto de 2024 às 16h29.

A Binance, maior corretora de criptomoedas do mundo, confirmou que seus clientes na Venezuela estão tendo dificuldades para acessar o seu site. Com isso, investidores não estão conseguindo ter acesso aos seus fundos na exchange e não podem realizar saques, compras ou vendas.

Em uma publicação no X, antigo Twitter, a corretora explicou que "assim como diversos sites de empresas de diversos segmentos na Venezuela, inclusive redes sociais, as páginas da Binance têm enfrentado restrições de acesso", o que significa que usuários no país não estão conseguindo entrar nas páginas.

Apesar da restrição, a Binance garantiu que "seus fundos estão seguros sob nossos robustos protocolos de segurança". "Compreendemos o inconveniente e a preocupação que esta situação pode causar. Estamos monitorando a situação de perto para resolvê-la da melhor e mais rápida maneira possível", ressalta.

A publicação indica que os problemas enfrentados pelos investidores de criptomoedas no país não estão restritos ao setor. Logo após as eleições presidenciais realizadas em julho, o governo do presidente Nicolás Maduro restringiu o acesso a diversos sites, incluindo a rede social X.

As restrições foram uma resposta a manifestações espelhadas pelo país contrárias à declaração de Maduro como vencedor das eleições. Além da oposição local, a vitória do presidente é contestada por diversos países, incluindo os Estados Unidos, alegando possíveis fraudes na votação.

Venezuela e criptomoedas

O histórico da Venezuela com o mercado de criptomoedas também é conturbado. O país chegou a ter uma abertura ao setor e lançou uma criptomoeda própria pareada às suas reservas de petróleo, além de facilitar a criação e abertura de corretoras de criptoativos.

Nos últimos anos, porém, o governo venezuelano adotou uma postura mais rígida, em especial depois de um caso de corrupção envolvendo as autoridades que regulavam o setor. A criptomoeda venezuelana foi encerrada e o país também proibiu operações de mineração de cripto no território.

Por outro lado, em abril deste ano a Reuters informou que a Venezuela ainda cogita intensificar o uso de criptomoedas para driblar as sanções retomadas pelos Estados Unidos para a negociação do petróleo produzido no país.

Siga o Future of Money nas redes sociais: Instagram | Twitter | YouTube Telegram | TikTok

Acompanhe tudo sobre:VenezuelaCriptomoedasCriptoativos

Mais de Future of Money

Hora da alta? 5 criptomoedas que podem disparar em setembro, segundo especialistas

Blockchain tem característica que pode impedir "censura" em redes sociais, diz gestora

Falsos policiais roubam R$ 1,4 milhão em criptomoedas com golpe na Ucrânia

Investidores de criptomoedas aguardam redução na taxa de juros dos EUA: por que isso é importante?

Mais na Exame