Tokenização depende de regulação para adoção em massa, diz sócio do BTG
Na vanguarda da tecnologia blockchain no Brasil, BTG lançou o ReitBZ em 2019 e concluiu o projeto em 2023 com rendimento de 137,5% do CDI
Repórter do Future of Money
Publicado em 29 de novembro de 2024 às 18h07.
Última atualização em 29 de novembro de 2024 às 18h12.
O banco BTG Pactual se destaca pelo pioneirismo quando o assunto são novas tecnologias financeiras. O blockchain, que ganhou popularidade com o avanço do bitcoin no mercado financeiro, é uma delas.
Atualmente, o banco já possui diversas iniciativas nesse sentido e até mesmo uma plataforma própria para a negociação de criptomoedas, a Mynt, lançada em 2022. Contudo, anos antes, executivos e especialistas do BTG já pesquisavam a tecnologia.
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Um dos frutos dessa pesquisa foi o ReitBZ, primeiro security token emitido por um banco. Lançado em 2019, o projeto foi encerrado em 2023 com rendimento de 137,5% do CDI.
O ReitBZ tinha lastro em uma carteira de imóveis recuperados e pagou três ciclos de distribuição de dividendos que totalizaram aproximadamente R$ 4 milhões. A captação inicial do projeto foi de R$ 23 milhões, segundo o BTG.
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O diferencial do ReitBZ se deu na aplicação da tecnologia blockchain para investimentos tradicionais a partir da tokenização. Foram utilizados contratos inteligentes nos blockchains Ethereum e Tezos com auditoria de segurança da Chain Security e Least Authority.
Durante o evento Lumx Connect, organizado pela Lumx (startup investida pelo BTG Pactual) em São Paulo na última quinta-feira, 28, um executivo do banco deu detalhes sobre a experiência de lançar um projeto pioneiro no mercado financeiro tradicional.
“Quando a gente começou em 2017, era um mercado completamente diferente do que tem agora. Em 2019 também, era muito diferente. Mas foi a nossa validação de que já tinha alguma maturidade na tecnologia, mas que a gente precisaria ter um avanço na regulação para poder fazer isso em escala. Obviamente, na época eu superestimei completamente a velocidade da regulação em andar”, contou André Portilho, head de Digital Assets e sócio do BTG Pactual.
“Acho que foi um pouco cedo demais, tanto que a gente nunca fez nenhum outro projeto depois disso. Queríamos a validação de que os bancos já estavam fazendo isso por aqui. E a gente já teve essa validação com um produto real, cliente real, dinheiro real”, acrescentou o executivo em um dos painéis do Lumx Connect.
“Para fazer sentido para o negócio, tem que ter capacidade de fazer isso em escala e para isso eu tenho que esperar a regulação. A gente tem uma regulação agora no Brasil para isso, especificamente, que tá andando”, concluiu o executivo.
Ainda de acordo com André Portilho, “não tem inovação financeira que possa vir para o mercado de massa sem regulação”.
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