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Solana e Cardano: tudo sobre as criptomoedas que já dispararam 70% e 30% em 2023

Após um ano difícil em 2022, duas das principais criptomoedas do mundo voltam a apresentar valorizações surpreendentes na primeira semana de 2023; entenda

SOL e ADA disparam em 2023 (Andriy Onufriyenko/Getty Images)

SOL e ADA disparam em 2023 (Andriy Onufriyenko/Getty Images)

As criptomoedas Solana (SOL) e Cardano (ADA) iniciaram 2023 com o pé direito. Após pouco mais de uma semana do início do ano, ambas já apresentam alta de 69% e 29%, respectivamente, de acordo com dados do CoinMarketCap.

A alta surpreende investidores e especialistas, já que elas estiveram entre as criptos que mais caíram em 2022. O histórico de SOL e ADA é curioso: depois de terem feito sucesso e atingido máximas históricas em 2021, ambas caíram mais de 90% no ano seguinte, marcado pelo que ficou conhecido como “inverno cripto”.

Agora, no início de 2023, as duas criptomoedas sinalizam recuperação, bem como o bitcoin e o ether, as principais do mercado na atualidade.

Solana (SOL)

Cotada a US$ 16,84 no momento, a SOL, criptomoeda nativa da rede Solana, sobe quase 23% em um único dia, segundo dados do CoinMarketCap. O volume de negociação apresenta uma alta surpreendente de 371% no mesmo período.

Criada por Anatoly Yakovenko, a Solana surgiu com a promessa de trazer velocidade, escalabilidade e taxas mais baixas. Atraindo dessa forma uma série de projetos, principalmente de NFTs, ela chegou a ser considerada uma das principais concorrentes da Ethereum, atual 2º maior blockchain do mundo.

No entanto, falhas técnicas ao longo do ano e o apoio de Sam Bankman-Fried, o ex-CEO da FTX, corretora cripto que foi a falência em menos de uma semana, fez com que a SOL fosse uma das maiores vítimas do inverno cripto. Já em queda graças ao cenário macroeconômico de inflação e guerras, a criptomoeda foi quase “declarada morta” após o colapso da FTX.

No entanto, a SOL permanece como uma das maiores do mundo em 13º lugar quando o assunto é valor de mercado, e chama a atenção de grandes nomes do setor. O criador da Ethereum, Vitalik Buterin, disse recentemente que espera que a Solana “tenha uma chance justa de prosperar”.

“Algumas pessoas inteligentes me dizem que há uma comunidade séria de desenvolvedores inteligentes em Solana, e agora que o terrível ‘dinheiro oportunista’ foi eliminado, a rede tem um futuro brilhante”, publicou Vitalik Buterin no Twitter. O comentário do criador do segundo maior blockchain do mundo pode ter motivado o movimento de alta da criptomoeda.

(Mynt/Divulgação)

Cardano (ADA)

Cotada a US$ 0,32, a ADA, criptomoeda nativa da rede Cardano, já subiu cerca de 10% nas últimas 24 horas, segundo dados do CoinMarketCap. Com um volume 180% maior no mesmo período, a ADA volta a chamar a atenção de investidores depois de um ano conturbado.

Criada por Charles Hoskinson, a Cardano foi considerada desde o início um projeto promissor por conta de seu criador, que também é cofundador da Ethereum. Seu caráter acadêmico possui o envolvimento de uma série de professores e pesquisadores de universidades renomadas e levou a Cardano a estrelar em 8º lugar entre os blockchains com maior valor de mercado.

Apesar de ter subido quase 30% apenas nos primeiros dias de 2023, a ADA ainda tem um longo caminho para percorrer se quiser recuperar as perdas de 2022. Desde a sua máxima histórica em 2 de setembro de 2021, a ADA apresenta queda de 89%, segundo dados do CoinMarketCap.

Cenário global

A recente alta das principais criptomoedas pode ter ocorrido graças aos últimos dados econômicos dos Estados Unidos, apontam analistas. O Payroll, divulgado na última sexta-feira, 6, e o PMI, trouxeram recuperação para os índices acionários americanos e para as criptomoedas.

Segundo Ayron Ferreira, os dados do Payroll demonstraram um cenário equilibrado; de um lado, as vagas de emprego criadas vieram maiores que o esperado e a taxa de desemprego veio mais baixa, ambas favorecendo uma leitura de força para a inflação.

Já o PMI ISM teria contribuído para a percepção de que a atividade econômica do setor de serviços está diminuindo. Pela primeira vez desde 2020 o indicador caiu significativamente, de 56,5 para 49,6. Para Ferreira, o PMI é um indicador muito relevante, pois o setor de serviços é um dos grandes contribuidores para a economia americana.

Ainda nesta semana, outros dados podem continuar impactando o mercado financeiro. Estão agendados um discurso de Jerome Powell, presidente do banco central americano, e a liberação de dados sobre a inflação no país, o CPI.

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