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Seleção Brasileira alega calote e rompe contrato de fan token, que cai 11%

Corretora de criptomoedas não teria honrado compromissos acertados em acordo de patrocínio da Seleção Brasileira de Futebol com a CBF

Fan token da Seleção despenca (Damir Sagolj/Reuters)

Fan token da Seleção despenca (Damir Sagolj/Reuters)

Cointelegraph Brasil

Cointelegraph Brasil

Publicado em 23 de novembro de 2022 às 09h52.

A empresa de criptomoedas Bitci, ex-patrocinadora da Seleção Brasileira, teve seu contrato junto a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) encerrado por supostamente não honrar os compromissos acertados pelo patrocínio da Seleção.

Desse modo, segundo informou o portal Máquina do Esporte, a CBF rompeu o contrato com a exchange. Conforme a reportagem, o suposto calote já vinha sendo aplicado pela Bitci há vários meses. O acordo entre a exchange e a CBF previa um contrato de 3 anos e incluía a seleção principal, que está na Copa do Mundo do Qatar, a seleção feminina, Sub-20, Sub-17 e Sub-15.

Além disso, pelo acordo, somente a Bitci, no segmento de blockchain e criptomoedas, poderia ser patrocinadora da Seleção. Além da CBF, a Bitci também teve contratos rompidos com Sporting (Portugal), Spezia (Itália) e na McLaren (equipe de Fórmula 1). No Brasil a empresa também fechou apoio com as equipes de futebol do Ceará, Coritiba, Fortaleza, Sport e Vitória (estes ainda sem informações sobre interrupção ou atraso em pagamentos).

Porém, os mais prejudicados pelo rompimento da parceria devem ser os investidores que compraram os fan tokens da CBF na Bitci e que, por meio deles, teriam acesso à experiência exclusivas vinculadas a Seleção Brasileira. Segundo informou a CBF, com o rompimento do contrato, a Bitici já foi notificada para encerrar a venda dos tokens.

Após a publicação do rompimento do contrato, o fan token da Seleção Brasileira registrou uma queda de mais de 10%. Procurada pelo Cointelegraph, a CBF ainda não se pronunciou sobre o caso.

(Mynt/Divulgação)

Problemas teriam começado já em janeiro

Segundo apurou o Cointelegraph, os problemas da Bitci com as equipes com a qual havia fechado patrocíonio começaram já entre janeiro e fevereiro deste ano quando a empresa teria começado a atrasar os pagamentos. Na época algumas equipes já ligaram um sinal de 'alerta' e teriam impedido a evolução do contrato com a empresa e suspendido a emissão de fan tokens.

Assim que foi questionada pelas equipes sobre o atraso nos pagamentos a Bitci teria alegado que estava sofrendo pressão dos reguladores turcos que haviam intensificado a regulamentação as empresas de criptomoedas e uma suposta proibição à realização de 'transferências internacionais' de criptomoedas.

A primeira equipe que rompeu contrato com a empresa foi a McLaren que, já em fevereiro deste ano, alegou que a empresa turca não vinha honrado os pagamentos acordados. Pouco tempo depois, o Sporting de Lisboa também anunciou o rompimento do contrato alegando falta de pagamento.

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