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São Paulo cria hub de inovação e anuncia uso de blockchain, ingressos em NFT e token de governança

Inova.São estima captar R$ 6 milhões em três anos com ecossistema de especialistas para desenvolver soluções que aumentem receitas e competitividade esportiva do clube

Iniciativas ligadas à tecnologia blockchain estão entre as primeiras anunciadas pelo hub de inovação do São Paulo Futebol Clube (Alexandre Schneider/Getty Images)
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Gabriel Rubinsteinn

Publicado em 28 de junho de 2022 às 16h29.

Última atualização em 28 de junho de 2022 às 16h51.

O São Paulo Futebol Clube anunciou nesta terça-feira, 28, o lançamento do Centro de Inovação Aberta Inova.São, um hub de inovação que pretende desenvolver e implementar soluções inovadoras para aumentar as receitas e a competitividade do clube. Um dos focos da operação é a tecnologia blockchain e a Web3.

De acordo com o clube paulista, a estimativa é captar investimentos de R$ 6 milhões nos primeiros três anos do projeto, a fim de custear a operação sem que o próprio clube precise fazer aportes no novo setor.

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Trêss parcerias já foram anunciadas, com a Deboo, especiliazada em blockchain, com a PH3A, de dados, e com a Sportheca, uma espécie de incubadora de startups do mercado esportivo. Também foi anunciada uma parceria com a Escola de Educação Física e Esporte da USP (EEFE-USP) para colaborações em pesquisa e estágios.

“A concepção do projeto e a definição dos parceiros para viabilizar a operação do Inova.São, assim como suas primeiras entregas, vêm sendo trabalhadas pela Diretoria de Inovação do São Paulo desde que foi criada pelo presidente Julio Casares, em julho de 2021”, explicou Wladimir Castro, executivo do departamento de Inovação do Clube e mestre em Criação e Gestão de Empresas Inovadoras pela Universidade de Valência (ESP).

-(Mynt/Divulgação)

A Sportheca também pretende lançar iniciativas com o São Paulo utilizando a tecnologia blockchain, como o uso de NFTs para comercialização de ingressos. “Estamos muito focados em desenvolver uma ticketeira com NFT. Então hoje você trabalhando o ticket como é, está exposto a fraude, ao que aconteceu na final da Champions League [invasão de torcedores sem ingressos no estádio], fora que é só um ticket que não abre outras experiências para o torcedor. Você trabalhando um ingresso em NFT, não só transforma aquilo em um colecionável, mas é uma chave para criar experiências diferenciadas para o torcedor. Ele pode participar de um clube com acesso especial ao estádio, ao camarote, conteúdos que os outros não têm”, disse Marcelo Nicolau, diretor da empresa.

Já com a Deboo, o São Paulo pretende lançar um token de governança relacionado com o clube e com o seu Centro de Formação de Atletas (CFA) do clube, em Cotia (SP). “Vamos criar uma das maiores fontes de receita do SPFC que não tenha relação direta com o futebol”, comentou Eduardo Paraske, co-fundador da Deboo.

Os donos do token de governança do SPFC poderão opinar em algumas decisões do clube e também é parte do projeto “A Terra dos Campeões”, no CFA de Cotia. Em uma área de preservação ambiental de mata atlântica na região, os torcedores poderão plantar árvores junto de grandes ídolos do clube e interagir com eles. Eduardo também explicou que o token de governança dará ao torcedor a possibilidade de os proprietários do ativo opinarem em decisões do projeto.

Por fim, a PH3A anunciou que está desenvolvendo o "Censo Tricolor", que pretende utilizar técnicas de "big data" para conhecer melhor os torcedores do clube. Com alcance global e buscando coletar informações para conhecer a fundo ao menos 10 milhões de torcedores, o projeto vai permitir ao clube oferecer produtos alinhados com as preferências de seus torcedores. A ideia é que a iniciativa também promova aumento nas receitas do Tricolor Paulista.

“É a transformação de uma instituição séria, responsável, que sabe o que está fazendo. E vai galgar espaços maiores. A Sportheca, PH3A, Deboo, a diretoria do São Paulo, que exemplo. É isso que o São Paulo precisa”, comemorou o presidente do clube, Julio Casares.

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