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Por que investidores de criptomoedas devem acompanhar as eleições nos EUA, segundo um sócio do BTG

Classe de ativos digitais virou assunto entre os candidatos à presidência de uma das maiores economias do mundo; saiba o que pode acontecer

Donald Trump e Kamala Harris: os dois disputam a Presidência dos Estados Unidos neste ano (Jon Cherry/Getty Images)
Mariana Maria Silva

Repórter do Future of Money

Publicado em 4 de setembro de 2024 às 09h30.

Donald Trump e Kamala Harris disputam as eleições para presidência dos Estados Unidos. Representando os partidos Republicano e Democrata, respectivamente, eles apresentam visões bem diferentes em diversos assuntos, incluindo as criptomoedas.

Grande defensor do setor, Donald Trump já se autointitulou “ criptopresidente ” e disse que quer “todo o bitcoin restante produzido nos EUA”. Uma de suas propostas é demitir Gary Gensler, atual presidente da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC, na sigla em inglês), famoso por sua “mão de ferro” na regulação de criptoativos.

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De acordo com a PolyMarket, no momento Trump possui 51% de chance de ganhar as eleições, enquanto Kamala Harris possui 47%. Recentemente, David Lawant, da FalconX, afirmou que a parcela de eleitores que são investidores de criptomoedas é significativa e pode ser decisiva para as eleições norte-americanas.

“A narrativa de cripto está muito ativa nas eleições dos EUA, principalmente pelo Trump ter adotado essa narrativa. Ele identificou que havia uma quantidade grande de gente que têm cripto, que são eleitores como qualquer um, e que estavam muito insatisfeitos com a política atual do governo norte-americano de pressionar a indústria cripto. Muito esperto, ele abraçou essa comunidade, o que acabou trazendo também os Democratas para esse lado”, disse André Portilho, head de Digital Assets e sócio do BTG Pactual no Morning Call Crypto da Mynt, plataforma cripto do banco. O programa está disponível na íntegra no YouTube.

O impacto do próximo presidente dos EUA em cripto

Para além da especulação de preços, o futuro presidente ser um defensor ou não das criptomoedas pode trazer impactos ainda mais significativos no longo prazo.

“Quando a gente fala de indústria financeira, a regulação é algo muito importante para determinar o futuro e a direção dessa indústria, que é muito regulada. A forma e a direção da regulação determinam o que vai acontecer com o futuro da própria tecnologia. Não podemos ter uma tecnologia que vai mudar tudo e isso vai acontecer sem haver uma regulação que permita isso. Grande parte das inovações que tivemos no Brasil em crédito e pagamentos aconteceram porque a nossa regulação foi flexibilizada ao longo dos anos e permitiu isso”, explicou Portilho no Morning Call Crypto, transmitido ao vivo nas manhãs de terça e quinta-feira.

“Por isso que acompanhamos tanto as eleições, porque dependendo de quem ganhar nos EUA, podemos ter um avanço na regulação de cripto ou isso pode ser mais lento. Nossa opinião é que essa regulação vai acontecer de uma forma ou outra, a questão é a velocidade. A tecnologia quando ela traz eficiência, dificilmente não teremos a regulação vindo atrás. Porque começa a ter capital sendo empregado, as empresas tradicionais começam a fazer, as startups começam a desenvolver modelos de negócio, mas não tem como ter a regulação antes da tecnologia”, concluiu.

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