(Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
Gabriel Rubinsteinn
Publicado em 15 de dezembro de 2020 às 17h52.
Prestes a completar um mês em operação, o Pix parece estar, aos poucos, caindo nas graças dos brasileiros. Já são quase 50 milhões de pessoas cadastradas para usar o sistema e, nesta terça-feira (15), uma pesquisa mostrou que a maioria da população aprova o novo meio de pagamentos do Banco Central: 56% dos entrevistados afirmam estar "muito satisfeitos" com o Pix.
A pesquisa, conduzida pela Toluna, empresa que fornece insights sobre os consumidores, em parceria com o Centro de Estudos em Finanças da FGV (FGVcef), ouviu 831 pessoas de todas as regiões do Brasil. O levantamento constatou também que a segurança do sistema não é uma grande preocupação para os brasileiros: 81% dos entrevistados classificaram o Pix como "seguro", enquanto 19% responderam o contrário.
Uma das facilidades do Pix é a liberdade de fazer e receber transferências 24 horas por dia, 7 dias por semana. Os entrevistados foram questionados sobre seus hábitos de uso do serviço e constatou que 63% usam o Pix durante e fora do expediente bancário. Outros 15% usam apenas fora do horário bancário, 9% durante o expediente bancário e 12% não têm utilizado o sistema no seu dia a dia.
Apesar dos dados positivos sobre aprovação, segurança, praticidade, inovação, entre outros, o Pix ainda é pouco utilizado pela maioria das pessoas. Quase 40% dos entrevistados, apesar de terem cadastrado suas chaves Pix, ainda não fizeram ou receberam transferências pelo sistema.
Os números do Banco Central reforçam a teoria de que muita gente, apesar de cadastrada, não utilizou ou utilizou muito pouco o novo sistema de transferências. O Pix registrou, desde o começo de sua operação, em 16 de novembro, até a última segunda-feira (14), 87,5 milhões de transferências, enquanto o sistema tem mais de 114 milhões de chaves e 45,8 milhões de pessoas físicas cadastradas.
Mais de 78 bilhões de reais já foram movimentados pelo Pix neste primeiro mês em plena operação, após a conclusão da fase de testes chamada pelo Banco Central de "Fase de Operações Restritas".