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Perto de "área de compra", bitcoin oferece oportunidade para o longo prazo

Descubra como se beneficiar de um possível ciclo de lateralidade no preço do bitcoin, de acordo com especialista em análise ténica do BTG Pactual

O bitcoin opera acima de US$ 38,8 mil dólares no momento (SOPA Images/Getty Images)
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Mariana Maria Silva

Publicado em 7 de março de 2022 às 14h08.

Última atualização em 7 de março de 2022 às 14h59.

Por Lucas Costa*

O bitcoin teve forte volatilidade na última semana, com os conflitos entre Rússia e Ucrânia, mas conseguiu se sustentar próximo dos US$ 40 mil. A principal cripto tem lateralização desde o início do mês de fevereiro e teve duas tentativas frustradas de retomada da alta acima dos US$ 45 mil.

As características técnicas que o bitcoin apresenta no curto prazo, falha de rompimento dos topos e dos fundos, formam a base de um ciclo de mercado lateralizado. O movimento lateral pode sinalizar um equilíbrio de preço e a sua lógica operacional é diferente dos mercados de tendência, por esse motivo muitos não gostam desse tipo de mercado.

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Operar um mercado lateral é difícil, mas não é impossível. A premissa operacional básica desse ciclo, segundo Al Brooks, está em “comprar baixo, vender alto e sair em scalps ”. Na prática, isso significa que devemos comprar próximo do fundo da lateralidade (suporte), vender no topo (resistência) e sair em seus extremos ( scalps são operações mais curtas).

Acrescento que pode ser interessante operar a lateralidade a favor dos tempos maiores, ou seja, comprar no fundo da lateralidade quando o tempo gráfico maior for de alta, e vender no topo da lateralidade quando o tempo gráfico maior forte de baixa. O esquema gráfico tem o objetivo de resumir os conceitos apresentados, usando o exemplo do bitcoin.

Fonte: https://br.tradingview.com/ (Lucas Costa/Divulgação)

O gráfico diário mostra o preço trabalhando próximo do suporte dos US$ 36,8 mil, região onde compradores atuaram anteriormente. A tendência de médio e longo prazo segue de alta, mas no curto prazo temos a lateralidade citada. A análise do movimento dos últimos dias mostra que de fato temos um ímpeto dos compradores, mas que não produzem força o suficiente para o rompimento da principal resistência dos US$ 45 mil.

Porém, os US$ 36,5 mil e US$ 33,5 mil não são regiões que demonstram interesse de venda, falhando em romper o fundo. O rompimento do topo dos US$ 45 mil pode acelerar o movimento até as retrações de Fibonacci superiores em US$ 55.225 (61,8%) e US$ 60,5 mil (76,4%). A região atual favorece mais a acumulação para longo prazo e não é interessante para os operadores de curto prazo.

Fonte: https://br.tradingview.com/ (Lucas Costa/Divulgação)

Ethereum (ETH/BTC)

O par ETH/BTC teve queda na última semana, negociando em 0,06711BTC nesta segunda-feira, 7. O gráfico diário mostra a formação de uma linha de tendência de baixa, que ainda confirma a tendência de queda no curto prazo, com topos e fundos descendentes.

O nosso estudo continua acompanhando a pernada de alta com fundo em 0,05930BTC e topo em 0,08865BTC, que pode ser usada para determinar as retrações de Fibonacci (regiões de correção baseadas em proporções de movimento).

O cenário de curto prazo tem um movimento lateral e segura próximo de um suporte nos 0,06535BTC e 0,05950BTC (fundo anterior). Acreditamos que o momento ainda não é de compras, sendo necessário esperar o rompimento da linha de tendência de baixa, que iniciaria um movimento de reversão de tendência e novas oportunidades.

Fonte: https://br.tradingview.com/ (Lucas Costa/Divulgação)

*Lucas Costa é mestre em administração e economista pela Universidade Federal de Juiz de Fora, atuou como pesquisador acadêmico e professor nas temáticas de blockchain, criptomoedas e comportamento de consumo, sendo um dos fundadores do grupo de pesquisa Blockchain UFJF. Foi operador de câmbio em mesa proprietária com foco em análise técnica, e trader pessoa física em mercado futuro. Atualmente, é analista técnico CNPI do BTG Pactual digital, e apresenta a sala ao vivo de análises de maior audiência do Brasil.

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