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Novo vírus pode roubar clientes de 60 instituições financeiras no Brasil

Mais de 90% das vítimas do trojan bancário Coyote estão no Brasil, com golpe envolvendo roubo de dados bancários

Novo vírus consegue roubar dados bancários (Reprodução/Reprodução)

Novo vírus consegue roubar dados bancários (Reprodução/Reprodução)

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 8 de fevereiro de 2024 às 12h17.

A Kaspersky, líder mundial em segurança digital, divulgou nesta quinta-feira, 8, detalhes sobre o funcionamento do Coyote, um novo vírus identificado pela empresa que tem como foco o roubo de dados bancários das vítimas. Segundo a empresa, mais de 90% das vítimas até o momento estão no Brasil, e o foco dos criminosos está em 60 instituições financeiras brasileiras.

O Coyote é classificado pela Kaspersky como um "trojan bancário sofisticado" que consegue roubar informações financeiras confidenciais, incluindo senhas de acesso a serviços bancários. A companhia afirma que o vírus usa "estratégias elaboradas para evitar a detecção" pelos alvos.

O vírus "não segue o caminho habitual com instaladores conhecidos" e está ligado à Squirrel, uma ferramenta de instalação e atualização de aplicativos na área de trabalho de computadores Windows. O Coyote é capaz de esconder seu processo de inicialização e passa a impressão para as vítimas de que é apenas um "empacotador de atualizações" no computador.

Uma vez instalado, o vírus é capaz de monitorar o acesso aos sites de bancos e outras instituições financeiras. Quando o site é acesso, o Coyote assume o comando do computador, podendo realizar capturas de tela para registrar dados sensíveis ou então solicitar senhas de cartões e de acesso para as vítimas, criando páginas falsas de login.

Depois que os dados são obtidos, os criminosos podem vendê-los na internet ou então usá-los para realizar compras na internet ou acessar contas em instituições financeiras e roubarem os fundos das vítimas.

Na avaliação da Kaspersky, o novo vírus vem "causando um grande impacto na cibersegurança financeira da região", usando uma linguagem de programação "moderna e multiplataforma" para usar recursos avançados de roubo de dados.

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Como se proteger do Coyote?

Fabio Assolini, chefe da Equipe de Pesquisa e Análise Global da América Latina da Kaspersky, afirma que "nos últimos três anos, o número de ataques de trojans bancários quase dobrou, atingindo mais de 18 milhões em 2023. Isso mostra que os desafios de segurança online estão aumentando".

"À medida que lidamos com o crescente número de ciberameaças, é realmente importante que as pessoas e as empresas protejam seus ativos digitais. A ascensão do Coyote, um novo tipo de Trojan bancário brasileiro, nos lembra de ter cuidado e usar as defesas mais recentes para manter nossas informações importantes seguras", diz.

Como forma de se proteger do Coyote e outros vírus de roubos bancários, a Kaspersky recomenda que os usuários sempre instalem aplicativos de fontes confiáveis, nunca abram links ou documentos enviados por e-mails ou mensagens suspeitas e inesperadas e busquem serviços de segurança digital confiáveis.

No caso das empresas, a Kapersky recomenda a realização de treinamento de funcionários para conscientização sobre cibersegurança, uma "política de negação padrão" para evitar o acesso a possíveis vírus e a atualização constante dos softwares utilizados no trabalho.

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