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Maior mineradora de bitcoin do mundo enfrenta problemas, dá calote e pode ir à falência

“Inverto cripto” pode causar falência da Core Scientific, maior mineradora de bitcoin do mundo por capacidade de produção

Mineração de bitcoin enfrenta mau momento em meio a "inverno cripto" (Bloomberg/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de outubro de 2022 às 11h48.

Em 2022, o bitcoin caiu quase 60%, afetando o lucro de investidores e empresas. Depois de uma série de prejuízos, mais uma grande empresa do setor pode ir à falência. É o caso da Core Scientific, a maior mineradora de bitcoin do mundo por capacidade de produção.

Em um documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC), a empresa diz que pode ficar sem dinheiro em suas reservas até o fim do ano e, por isso, decidiu deixar de fazer os pagamentos de equipamentos, financiamentos e notas promissórias com vencimento entre o final de outubro e início de novembro.

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“Dada a incerteza em relação à condição financeira da empresa, existem dúvidas substanciais sobre a capacidade da empresa de continuar operando por um período de tempo razoável”, afirmou um trecho do documento enviado à SEC, CVM dos EUA.

-(Mynt/Divulgação)

As ações da Core Scientific, sob o ticker CORZ, já caíram mais de 97% em 2022, segundo dados do Yahoo Finance. Apenas nos últimos cinco dias, a queda foi de 75%.

A queda significativa do preço do bitcoin e o aumento dos custos de eletricidade podem ser alguns dos principais fatores que afetaram a lucratividade do negócio da Core Scientific e outras empresas especializadas em mineração de criptomoedas.

O setor vem enfrentando um mau momento desde o início do ano, agravado pela mudança da rede Ethereum para a prova de participação, abandonando a mineração de vez.

Embora a mineração de bitcoin ainda seja possível e a mesma mudança não seja esperada nesta rede, a atualização da Ethereum propagou o sentimento no mercado cripto de que a mineração e seus impactos ao meio ambiente podem estar ficando “ultrapassados”.

Entre os dez maiores blockchains do mundo em valor de mercado, apenas Bitcoin e Dogecoin ainda utilizam a mineração, segundo dados do CoinMarketCap.

A Core Scientific afirmou, ainda, que vem tentando evitar a possível falência nos últimos meses. Entre as ações tomadas pela empresa, estariam a diminuição de custos mensais, o atraso no pagamento de despesas, redução de capital e aumento nas receitas de hospedagem.

A empresa possui aproximadamente US$ 26,6 milhões em caixa, mais 24 bitcoins, o equivalente a US$ 2,6 milhões na cotação atual. Anteriormente, a Core Scientific já chegou a ter 1.051 bitcoins em suas reservas.

“No caso de um processo de falência ou insolvência, ou reestruturação de nossa estrutura de capital, os detentores de ações ordinárias da companhia podem sofrer uma perda total de seu investimento”, afirmou o documento da Core Scientific.

No entanto, a Core Scientific afirmou estar consultando especialistas jurídicos e financeiros para criar iniciativas que melhorem a liquidez da empresa.

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