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Lavagem de dinheiro com criptomoedas cresceu 68% em 2022, aponta levantamento

Apesar do crescimento, prática segue tendo uma fatia pequena de todo o mercado, de acordo com dados da Chainalysis

Corretoras centralizadas de criptomoedas concentram práticas de lavagem de dinheiro (Issaro Prakalung / EyeEm/Getty Images)

Corretoras centralizadas de criptomoedas concentram práticas de lavagem de dinheiro (Issaro Prakalung / EyeEm/Getty Images)

A quantidade de criptomoedas movimentada em atividades de lavagem de dinheiro aumentou 68% na comparação entre 2022 e 2021, atingindo um total de US$ 23,8 bilhões. Os dados foram divulgados pela Chainalysis, uma empresa de análise de dados do mercado cripto.

De acordo com o levantamento da companhia, o ecossistema de lavagem de dinheiro com uso de criptomoedas ainda é "relativamente pequeno" na comparação com todo o mercado, mas ele é "altamente concentrado": 21 endereços representaram 50% de todos os fundos obtidos a partir de golpes de ransomware.

Mesmo assim, o valor de 2022 é o maior da série histórica da Chainalysis. Antes disso, o recorde havia sido atingido em 2021, com US$ 14,2 bilhões movimentados. O terceiro ano com maior volume de dinheiro lavado no mercado cripto foi 2019, com US$ 11,8 bilhões. Já o menor valor foi em 2015, com US$ 400 milhões.

O levantamento aponta que as corretoras centralizadas de criptomoedas continuaram sendo o principal destino de criptomoedas envolvidas em lavagem de dinheiro, correspondendo a quase 50% do total. Em segundo lugar, estão os protocolos de finanças descentralizadas (DeFi, na sigla em inglês).

Entretanto, a Chainalysis observa que "os protocolos de DeFi não permitem a conversão de criptomoedas em moedas fiduciárias, portanto a maioria desses fundos provavelmente foi transferida para outros serviços. E quase todo o uso de protocolos DeFi para lavagem de dinheiro foi realizado por hackers de um único grupo criminoso".

Na divisão pelo tipo de atividade ilícita que deu origem ao dinheiro lavado, as exchanges centralizadas foram o principal destino em casos de fraude, furo a sanções, ransomware e golpes. No caso de fundos roubados, o destino principal foi o segmento de DeFi. Já em relação ao mercado negro, a maior parte foi destinada para serviços ilícitos.

O relatório da empresa aponta que o uso de mixers, uma ferramenta que mistura criptomoedas de diferentes usuários para dificultar a rastreabilidade, caiu em 2022. A Chainalysis acredita que a possível causa foi a proibição da ferramenta pelos Estados Unidos.

Ao mesmo tempo, os serviços clandestinos do mercado cripto que realizam lavagem de dinheiro cresceram no ano passado. "Também é possível que o uso de serviços clandestinos de lavagem de dinheiro aumente conforme exchange de alto risco, que facilitaram essa atividade no passado, enfrentam o aumento da pressão das autoridades policiais", observa a empresa.

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