Future of Money

JPMorgan: "Criptomoedas são nossa classe de ativos alternativos preferida"

Criptomoedas assumem lugar antes ocupado por imóveis como a classe de ativos alternativos preferido do banco, que também diz que bitcoin pode subir 28% em breve

JPMorgan publicou documento dizendo que bitcoin pode subir 28% até o seu "preço justo" (NurPhoto / Colaborador/Getty Images)

JPMorgan publicou documento dizendo que bitcoin pode subir 28% até o seu "preço justo" (NurPhoto / Colaborador/Getty Images)

GR

Gabriel Rubinsteinn

Publicado em 25 de maio de 2022 às 14h49.

O banco JPMorgan divulgou nota nesta quarta-feira, 25, afirmando que as criptomoedas são a nova classe de ativos alternativos preferidas da instituição, em substituição aos imóveis. O gigante financeiro também falou sobre o estado atual do mercado e citou que o preço do bitcoin está abaixo do que ele realmente vale.

(Mynt/Divulgação)

Para os especialistas do JPMorgan, o bitcoin está atualmente 28% abaixo do que considera o seu "preço justo", sugerindo que "existe espaço para uma alta significativa a partir daqui". No momento cotado a US$ 29.700, o bitcoin deveria ser negociado a US$ 38.000, segundo o maior banco do mundo por valor de mercado.

“A correção do mercado de criptomoedas no mês passado parece mais uma capitulação em relação a janeiro/fevereiro, e, daqui para frente, vemos uma vantagem para os mercados de bitcoin e cripto em geral”, escreveram os estrategistas do banco, incluindo Nikolaos Panigirtzoglou, na nota, divulgada pela Insider.

A queda de preços no mercado cripto é forte em 2022, e já passa de 37,7% no caso do bitcoin. O contexto de guerra, alta de inflação e de juros, desaceleração da economia chinesa, entre outros fatores, não afetaram somente os criptoativos, mas todos os mercados de risco globais.

Para o JPMorgan, no entanto, é justamente o fato de ter sofrido mais que faz com que o mercado cripto tenha maior espaço para crescimento. Segundo os especialistas do banco, como a queda em cripto foi maior, também é maior a probabilidade e a capacidade de um "efeito rebote" nos ativos digitais.

Essa visão fez com que a instituição colocasse as criptomoedas como a sua classe de ativos alternativos preferida: "“Assim, substituímos os imóveis pelos ativos digitais como a nossa classe de ativos alternativos preferida, juntamente com fundos de hedge”.

Além dos cenários político e macroeconômico que afetaram todos os mercados de risco nos últimos meses, o mercado cripto também sofreu recentemente com o colapso do blockchain Terra e suas criptomoedas LUNA e UST - a primeira delas chegou a ser a sexta maior do mundo por valor de mercado, superior a 40 bilhões de dólares. No início do mês, a quebra dos ativos intensificou a pressão vendedora do mercado cripto, cujo market cap total caiu de cerca de 3 trilhões de dólares em novembro de 2021 para 1,3 trilhão atualmente.

Siga o Future of Money nas redes sociais: Instagram | Twitter | YouTube | Telegram | Tik Tok

Acompanhe tudo sobre:BitcoinCriptoativosCriptomoedasJPMorganPreço do bitcoin

Mais de Future of Money

Bitcoin: será que já chegamos ao topo?

Inteligência artificial generativa e tokenização: o futuro da propriedade intelectual

Stablecoins: o dólar digital sem fronteiras?

ETFs de cripto: entendendo a tese de investimento em ativos digitais para 2025