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64% dos investidores brasileiros em cripto esperam que bitcoin supere US$ 35 mil

Pesquisa mostra que mais de 80% dos investidores de cripto no Brasil são homens, com maioria entrando no mercado há menos de um ano

Pesquisa revela perfil de investidores brasileiros de criptomoedas (Getty Images/Reprodução)

Pesquisa revela perfil de investidores brasileiros de criptomoedas (Getty Images/Reprodução)

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 6 de julho de 2023 às 13h32.

Uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira, 6, pela corretora Bitget revelou o perfil dos investidores brasileiros de criptomoedas. Os dados mostram um otimismo entre esse grupo sobre o futuro do setor, incluindo para o preço do bitcoin, além das decisões sobre alocação no segmento e características como idade e gênero.

De acordo com a pesquisa, 81,1% dos investidores entrevistados são homens, enquanto as mulheres representam 17% e os não-binários, 0,9%. Na divisão por idade, a maior parte - 46,2% - tem 45 anos ou mais, com 29,8% dos entrevistados afirmando ter entre 35 e 44 anos, 19,2% entre 25 e 34 anos e 4,8%, entre 16 e 24 anos.

Questionados sobre há quanto tempo investem em criptomoedas, 41% dos investidores disseram que estão no setor há um ano ou menos. Ao mesmo tempo, 38% disseram que entraram no segmento entre um e três anos atrás. Uma minoria passou a investir no mercado há mais que três anos: 16% entre três e cinco anos e 5% há cinco anos ou mais.

O estudo também traçou o perfil de investimento dos brasileiros. Mais da metade desses investidores de cripto também possuem investimentos em outros segmentos, com a Bolsa de Valores liderando (21%), seguida por fundos de investimento (18,1%), títulos públicos (3,8%) e outros ativos (13,3%). Entretanto, 43,8% dos entrevistados disseram que não possuem outros investimentos além de cripto.

Já sobre a relação entre o total investido em criptomoedas e a renda de cada investidor, 41,6% disseram que alocam até 5% da renda no segmento, enquanto 32,7% investem de 5% a 15%, 17,8% alocam de 15% a 30% e 7,9% destinam mais de 30% da renda para o setor.

As moedas digitais lideram com folga entre os ativos do mercado, com 67% dos entrevistados destinando fundos para esse segmento. Em seguida, os tokens foram citados por 30%, e os tokens não-fungíveis (NFTs, na sigla em inglês), por 3%.

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Segurança e perspectivas para o futuro

Outro ponto da pesquisa é o aspecto mais importante para os investidores ao escolherem uma corretora de criptomoedas. A grande maioria, 82,4%, citou a questão da segurança, enquanto 7,8% falaram da importância de uma boa plataforma, 6,9% citaram a acessibilidade e 2,9%, o número de tokens, moedas e NFTs disponíveis.

O YouTube é a rede social mais usada por esses investidores, citado por 45,2%, seguido pelo Twitter (20,2%), outras redes (17,3%), Instagram (15,4%) e TikTok (1%). Além disso, 62,5% dos entrevistados disseram que não fazem parte de uma comunidade cripto, com 37,5% confirmando a participação.

Os investidores brasileiros também foram perguntados sobre o futuro do preço do bitcoin. Para 32%, a criptomoeda vai chegar a valer US$ 45 ou mais, enquanto 32% esperam um valor entre US$ 35 mil e US$ 45 mil, 17,5% apostam em uma faixa de preço entre US$ 25 mil e US$ 35 mil e 16,5% projetam uma cotação abaixo de US$ 25 mil.

Entre os investidores brasileiros entrevistados, 52,9% se classificam como "fãs" de criptomoedas, apostando que elas vão substituir moedas físicas. Já 29,8% veem o investimento como uma opção de diversificação de carteira, enquanto 15,4% dizem não ter confiança de investir em ativos além do bitcoin e do ether. Para 1,9%, as criptomoedas vão deixar de existir em três ou cinco anos.

Segundo a pesquisa, 32,7% dos brasileiros investem até 15% da sua em investimentos com criptomoedas, um número superior ao observado na Argentina (12%) e no México (10%). Caio Nascimento, gerente de Marketing da Bitget para a América Latina, destaca que o Brasil "tem uma cultura de investimento mais consolidada do que outros países da região, além de uma economia mais estável", o que propicia esse cenário.

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