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Fintech brasileira oferece crédito a startups usando DeFi na rede Solana

Em parceria com empresa belga, a55 anuncia primeira opereção de crédito usando protocolo de DeFi no blockchain Solana; fintech acredita que modelo de dívida híbrida será o "novo normal"

“Estamos escrevendo a história do mercado de capitais na América Latina", afirmou o CEO da a55. (MR.Cole_Photographer/Getty Images)
GM

Gabriel Marques

Publicado em 24 de fevereiro de 2022 às 18h19.

Última atualização em 25 de fevereiro de 2022 às 11h17.

A fintech a55, especializada no fornecimento de crédito para empresas da nova economia, anunciou sua primeira operação usando um protocolo de finanças descentralizadas (DeFi). O modelo de financiamento usa a stablecoin USDC - com lastro em dólar - atrelada ao real.

A empresa fornece crédito para negócios com receita previsível, através de uma plataforma que concentra dados como contas bancárias, dados de faturamento, meio de pagamento e inteligência de dados da internet. Em mais de mil operações já realizadas na história da companhia, R$ 400 milhões foram emprestados para startups do Brasil e do México.

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A tecnologia utilizada no novo modelo de crédito, chamada de infraestrutura DeFi-TradFi, assim como a securitização alternativa para a América Latina, foram desenvolvidas em parceria com a Credix, fintech belga especializada em criptoativos, por meio de um protocolo de crédito baseado no blockchain Solana.

“Estamos escrevendo a história do mercado de capitais na América Latina com a primeira transação nesse modelo no Brasil. Essa operação abre caminho para um futuro brilhante, no qual dados alternativos se tornarão um colateral confiável por meio do blockchain para gerar liquidez globalmente e financiar o crescimento de empresas em todo o mundo”, comenta Hugo Mathecowitsch, CEO da a55.

“A Credix ficou muito impressionada com a equipe a55 e sua visão de desenvolver o financiamento baseado em receita. Este empréstimo em DeFi é o início de uma parceria e de uma emocionante jornada de crescimento, para revolucionar os mercados globais de crédito”, completou Thomas Bohner, CEO da Credix.

A startup, que captou US$ 16,3 milhões em rodada liderada pela Movile, dona do iFood, acredita que com o avanço de sua operação, os créditos baseados em DeFi representarão uma fonte de financiamento importante, tornando o modelo de dívida híbrida DeFi-TradFi o "novo normal".

“Integrar stablecoins e protocolos de liquidez em nossa estratégia de captação é um caminho importante para complementar estruturas centralizadas, escolhendo o melhor dos dois mundos e conectando soluções DeFi aos mercados de capitais tradicionais”, adicionou Gabriel Zamora, diretor de mercados de capitais da a55.

Considerada como uma das áreas no universo dos criptoativos que mais cresceu e se desenvolveu nos últimos anos, o setor de DeFi ganhou a atenção de milhões de investidores por oferecer produtos e serviços financeiros de forma inovadora e disruptiva - e, como diz o nome, totalmente descentralizada.

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