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Em queda de 11%, “é improvável que a volatilidade do bitcoin diminua”, diz especialista

Maior criptomoeda do mundo acumula queda de aproximadamente 11% nos últimos 30 dias; cenário ainda deve ser volátil nos próximos meses, mesmo com perspectivas otimistas

(Reprodução/Reprodução)
Mariana Maria Silva

Repórter do Future of Money

Publicado em 19 de agosto de 2024 às 11h36.

Última atualização em 19 de agosto de 2024 às 11h42.

Nesta segunda-feira, 19, o bitcoin e as principais criptomoedas iniciam a semana em correção. Nas últimas 24 horas, o setor movimentou US$ 53,7 bilhões conforme o medo vai deixando o mercado algumas semanas após o fim do “carry trade” japonês.

No momento, o bitcoin é cotado a US$ 58.247, com queda de 2,7% nas últimas 24 horas, de acordo com dados do CoinMarketCap. No último mês, a queda da principal cripto do mercado foi de 11%.

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O impacto dos ETFs de bitcoin no mercado

“Os fundos negociados em bolsa (ETFs) à vista de Bitcoin dos EUA têm atraído muita atenção desde o início do ano. Como o principal indicador de demanda ultimamente, os ETFs tiveram fluxos líquidos acumulados no ano de cerca de US$ 17 bilhões, com alguns produtos se tornando os ETFs de crescimento mais rápido da história. O último trimestre trouxe cerca de US$ 4 bilhões em fluxos líquidos, apesar da volatilidade maior do que a esperada”, disse Manuel Villegas, analista de ativos digitais da Julius Baer.

“Os fluxos ainda estão chegando, embora o preço do bitcoin tenha oscilado nos últimos meses. Os ativos totais somam pouco mais de US$ 50 bilhões, o que representa cerca de 900 mil bitcoins. Em uma nota mais detalhada, os gestores de investimentos dos EUA com mais de US$ 100 milhões em ativos sob gestão devem cumprir a regulamentação da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC), que exige que eles divulguem suas participações trimestralmente por meio dos registros 13F, com o prazo de 45 dias para os registros do segundo trimestre expirando ontem. Informações sobre propriedade foram divulgadas ontem para muitos produtos, incluindo ETFs à vista de bitcoin”, acrescentou.

Adoção institucional

“Um desenvolvimento novo e interessante é que o Goldman Sachs apresentou uma exposição líquida de cerca de US$ 420 milhões aos ETFs, e o Morgan Stanley também, com cerca de US$ 203 milhões. O Morgan Stanley está atualmente visando fornecer a uma certa parcela de seus clientes de gestão de patrimônio acesso a alguns dos ETFs. A adoção provavelmente permanecerá gradual, com outros gestores de investimentos provavelmente se juntando também quando as opções sobre os produtos chegarem aos mercados financeiros”, disse Manuel.

“Por outro lado, a emissão de stablecoins aumentou em cerca de US$ 2 bilhões, o que pode representar um capital de risco adicional para a classe de ativos nos próximos meses. Os fluxos de entrada estão se movendo em linha com fatores de cima para baixo e provavelmente continuarão a fazê-lo. Com as eleições dos EUA e as expectativas de corte de juros na mesa, é improvável que a volatilidade diminua tanto para os preços do bitcoin quanto para os fluxos de entrada de ETFs”, concluiu o especialista.

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