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Em meio a polêmicas e redes sociais banidas, Kanye West provoca banco com boné de criador do Bitcoin

Cada vez mais envolvido em polêmicas, rapper famoso usa boné de criador do bitcoin após JPMorgan fechar sua conta de US$ 140 milhões

Kanye West é famoso por se envolver em polêmicas (Kevin Lamarque/Reuters)
MM

Mariana Maria Silva

Publicado em 18 de outubro de 2022 às 11h05.

Última atualização em 18 de outubro de 2022 às 14h58.

As criptomoedas podem ter se tornado uma opção para Kanye West, o rapper norte-americano conhecido por ter sido casado com a socialite Kim Kardashian e por suas polêmicas. Depois de ter sido banido do banco JPMorgan, um dos maiores dos Estados Unidos, “Ye” foi visto utilizando um boné de Satoshi Nakamoto, a personalidade anônima por trás da criação do bitcoin.

Também banido do Instagram, Kanye West recorreu ao Twitter para comentar o recente caso com o banco JPMorgan.

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“Coloquei US$140 milhões no JPMorgan e eles me trataram como uma merda. Então, se o JPMorgan está me tratando assim, como eles estão tratando o resto de vocês?”, disse o rapper, que mudou seu nome recentemente para “Ye”.

O JPMorgan havia divulgado na última quarta-feira, 12, uma nota afirmando que encerraria a conta de West, que teria até o dia 21 de novembro para transferir o dinheiro nela contido.

-(Mynt/Divulgação)

A nota surge em mais um momento de polêmicas para o rapper. Desde 2009, Kanye West é conhecido por seu grande envolvimento em controvérsias no mundo dos famosos. Naquele ano, “Ye” invadiu o palco da premiação de Taylor Swift no VMA e pegou o microfone para dizer que Beyoncé, na verdade, era quem merecia o prêmio.

Ao longo destes 13 anos, o ex-marido de Kim Kardashian não poupou declarações polêmicas e até mesmo consideradas problemáticas, racistas e antissemitas. Depois de perseguir a ex-esposa nas redes sociais, West publicou declarações antissemitas e foi banido do Instagram, uma das redes sociais de Mark Zuckerberg.

“Estou com um pouco de sono esta noite, mas quando eu acordar vou contra o povo judeu. O engraçado é que, na verdade, não posso ser antissemita porque os negros também são judeus. Vocês brincaram comigo e tentaram rejeitar qualquer um que se oponha à sua agenda”, disse West.

Depois do banimento no Instagram e no JPMorgan, “Ye” afirmou que “não infringiu nenhuma lei” e que isso funciona como um “contrato social”. O rapper também anunciou a aquisição da rede social Parler. Segundo a nota, esta seria uma “plataforma de liberdade de expressão não cancelável”.

Nos Estados Unidos, o antissemitismo ainda não é considerado crime, embora exista um projeto de lei que proponha a sua configuração como crime de ódio, ainda em seus estágios iniciais de proposição. No Brasil, o ato constitui crime de racismo e é imprescritível e inafiançável.

Ainda que tenha utilizado um boné de Satoshi Nakamoto, a personalidade anônima por trás da criação do bitcoin em 2008 como uma forma de protesto contra o sistema financeiro tradicional, não está claro se Kanye West irá realmente transformar seu suposto patrimônio de US$ 140 milhões em criptomoedas.

O ato pode não ter passado de uma nova polêmica de West, já que Jamie Dimon, o CEO do JPMorgan, é abertamente contra o bitcoin e as criptomoedas.

O cantor também causou polêmica ao usar uma camiseta com a frase “White Lives Matter” na Semana de Moda de Paris, no início de outubro. A frase “vidas brancas importam” vai contra o movimento negro norte-americano chamado “Black Lives Matter”, ou “vidas negras importam”, criado após a morte de George Floyd por violência policial em 2020.

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