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Em breve, todos estarão no metaverso, diz diretor do maior museu do mundo

Para Dmitry Ozerkov, diretor do russo Hermitage, que tem o maior acerto artístico do mundo, no futuro todos os museus terão versões digitalizadas no metaverso

Hermitage Museum já tem diversas iniciativas ligadas aos NFTs e agora pretende levar o museu para o metaverso (gremlin/Getty Images)
GR

Gabriel Rubinsteinn

Publicado em 13 de dezembro de 2021 às 15h41.

Todos os grandes museus do mundo estarão no metaverso, com cópias digitalizadas do seu acervo. É essa a perspectiva de Dmitry Ozerkov, chefe do departamento de Arte Contemporânea do Hermitage, o maior museu do mundo, localizado em São Petersburgo, na Rússia.

"Estamos todos caminhado para a Era Digital e o nósso clone digital vai nos seguir por todos os lugares", disse em entrevista ao Cointelegraph, reforçando sua visão de que, em breve, o Hermitage terá uma versão totalmente integrada ao ambiente digital.

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Na entrevista, Ozerkov citou que o interesse do Hermitage por NFTs vai além da dinâmica do mercado e busca investigar o valor artístico que a tecnologia pode trazer para o mundo da arte contemporânea. “Minha ideia era tirar do mercado uma seleção de obras existentes e colocá-las no museu e dar uma olhada: o que resta nelas como arte? Tem alguma arte lá ou gostamos, o que valorizamos nelas é só dinheiro?”.

O Hermitage, aliás, não é totalmente estranho ao universo digital. Em novembro, o museu fez sua primeira exposição de obras de arte digitais, representadas por tokens não fungíveis, os chamados NFTs. Chamada "There Ethereal Aether", a exposição conta com 38 NFTs, exibidos em uma reconstrução digital das instalações do museu.

Ao contrário do Hermitage real, onde os visitantes só podem ver as obras expostas, a exposição virtual permite que os visitantes interajam com os NFTs em exibição. “Você pode passar por essas portas sem tocar em nada, enquanto no mundo virtual você pode fazer qualquer coisa: pode brincar com obras de arte, pode torná-las interativas, pode adicionar dados a elas”, explicou Ozerkov.

Antes da exposição virtual, em setembro, o Hermitage também já havia dado seus primeiros passos no setor de NFTs, quando digitalizou cinco das mais famosas obras do seu acervo e colocou os tokens à venda, arrecadando quase R$ 2,5 milhões.

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