Uso de cartões biométricos cresce e pode gerar economia bilionária
Cartões biométricos começam a ganhar terreno; especialista diz que sistema pode combater fraudes e promover economia de 10 bilhões de dólares só nos EUA
Gabriel Rubinsteinn
Publicado em 23 de novembro de 2020 às 16h19.
Última atualização em 23 de novembro de 2020 às 17h16.
O uso de métodos de pagamento sem contato, como smartphones e cartões com função "contactless", cresceu consideravelmente em 2020, devido especialmente à pandemia do novo coronavírus. A tecnologia, entretanto, tem problemas de segurança, que geram perdas bilionárias para as partes envolvidas. Com o contexto favorável, o uso de cartões biométricos começa a ganhar terreno no mercado.
Uma das empresas que produzem esta tecnologia é a Idex Biometric, que possui um sistema de reconhecimento biométrico para cartões de crédito e débito. A ideia é simples: o pagamento sem contato com o cartão só funciona mediante o reconhecimento da impressão digital de seu proprietário, feito através de um pequeno sensor no próprio cartão.
Diversas outras empresas também já trabalham com a tecnologia, que inclusive já foi ou está sendo testada por gigantes como Visa e Mastercard, mas seu uso ainda não se tornou popular — e isso parece prestes a mudar.
David Orme, vice-presidente de vendas e marketing da Idex, diz que "os bancos estão se adaptando para começar a fornecer cartões equipados com sensores de impressão digital" e que "apenas nos Estados Unidos, os bancos estão perdendo atualmente cerca de 10 bilhões de dólares por ano devido à fraudes de cartões".
Pesquisa recente conduzida pelas empresas de software e biometria TietoEVRY e Zwipe na Suécia indica que 70% da população local gostaria de ter um sistema de reconhecimento biométrico em seu próximo cartão.
A biometria incorporada aos cartões bancários pode melhorar os processos de identificação e reduzir as fraudes, mas o executivo da Idex alerta sobre os obstáculos inerentes à adoção mais ampla de tais métodos de pagamento. Isso inclui miniaturização, consumo de energia, custo de produção, privacidade pessoal e segurança de dados.
Por outro lado, como a pandemia estimulou um crescimento considerável no uso de métodos de pagamento sem contato, principalmente por questões de higiene e saúde, Orme afirma que a "aceitação de cartões biométricos nunca foi tão alta".
A implantação da nova tecnologia de pagamento através da digitalização da palma da mão dos clientes pela Amazon também colocou holofotes sobre o uso desse tipo de tecnologia. Chamado Amazon One, o sistema está atualmente em fase de testes nas lojas Amazon de Seattle, e permite que os clientes que tenham feito o registro da palma de suas mãos autorizem pagamentos para compras nas lojas físicas apenas pairando a mão no ar.
Apesar das preocupações com a privacidade em relação ao uso de seus dados biométricos, pesquisas recentes no Reino Unido sugerem aumento da confiança na substituição dos métodos tradicionais de segurança pela biometria. A tendência é reforçada pelos efeitos da pandemia, que levaram a economia global a adotar soluções que substituem o uso do dinheiro físico rapidamente.
Estudo da Juniper Research publicado no fim de outubro e que analisa o futuro do mercado de pagamentos com biometria, indica que, em cinco anos, o número de apps de identidade digital vai sextuplicar, passando dos atuais pouco mais de 1 bilhão para mais de 6 bilhões.
O uso de métodos de pagamento sem contato, como smartphones e cartões com função "contactless", cresceu consideravelmente em 2020, devido especialmente à pandemia do novo coronavírus. A tecnologia, entretanto, tem problemas de segurança, que geram perdas bilionárias para as partes envolvidas. Com o contexto favorável, o uso de cartões biométricos começa a ganhar terreno no mercado.
Uma das empresas que produzem esta tecnologia é a Idex Biometric, que possui um sistema de reconhecimento biométrico para cartões de crédito e débito. A ideia é simples: o pagamento sem contato com o cartão só funciona mediante o reconhecimento da impressão digital de seu proprietário, feito através de um pequeno sensor no próprio cartão.
Diversas outras empresas também já trabalham com a tecnologia, que inclusive já foi ou está sendo testada por gigantes como Visa e Mastercard, mas seu uso ainda não se tornou popular — e isso parece prestes a mudar.
David Orme, vice-presidente de vendas e marketing da Idex, diz que "os bancos estão se adaptando para começar a fornecer cartões equipados com sensores de impressão digital" e que "apenas nos Estados Unidos, os bancos estão perdendo atualmente cerca de 10 bilhões de dólares por ano devido à fraudes de cartões".
Pesquisa recente conduzida pelas empresas de software e biometria TietoEVRY e Zwipe na Suécia indica que 70% da população local gostaria de ter um sistema de reconhecimento biométrico em seu próximo cartão.
A biometria incorporada aos cartões bancários pode melhorar os processos de identificação e reduzir as fraudes, mas o executivo da Idex alerta sobre os obstáculos inerentes à adoção mais ampla de tais métodos de pagamento. Isso inclui miniaturização, consumo de energia, custo de produção, privacidade pessoal e segurança de dados.
Por outro lado, como a pandemia estimulou um crescimento considerável no uso de métodos de pagamento sem contato, principalmente por questões de higiene e saúde, Orme afirma que a "aceitação de cartões biométricos nunca foi tão alta".
A implantação da nova tecnologia de pagamento através da digitalização da palma da mão dos clientes pela Amazon também colocou holofotes sobre o uso desse tipo de tecnologia. Chamado Amazon One, o sistema está atualmente em fase de testes nas lojas Amazon de Seattle, e permite que os clientes que tenham feito o registro da palma de suas mãos autorizem pagamentos para compras nas lojas físicas apenas pairando a mão no ar.
Apesar das preocupações com a privacidade em relação ao uso de seus dados biométricos, pesquisas recentes no Reino Unido sugerem aumento da confiança na substituição dos métodos tradicionais de segurança pela biometria. A tendência é reforçada pelos efeitos da pandemia, que levaram a economia global a adotar soluções que substituem o uso do dinheiro físico rapidamente.
Estudo da Juniper Research publicado no fim de outubro e que analisa o futuro do mercado de pagamentos com biometria, indica que, em cinco anos, o número de apps de identidade digital vai sextuplicar, passando dos atuais pouco mais de 1 bilhão para mais de 6 bilhões.