De um dos mais jovens bilionários do mundo à falência: quem é o fundador da FTX
Conheça a história de Sam Bankman-Fried, bilionário que queria doar 99% da fortuna para a caridade, mas já perdeu 94% em um dia após sua corretora de criptomoedas estar à beira da falência
Mariana Maria Silva
Publicado em 10 de novembro de 2022 às 10h47.
Última atualização em 10 de novembro de 2022 às 10h48.
O mercado de criptomoedas foi pego de surpresa esta semana com uma série de acontecimentos que culminaram no colapso da FTX, segunda maior corretora do setor. Em meio à uma corrida por saques e o risco de falência, o mundo tomou conhecimento dos problemas da empresa e seu CEO já acumula a perda de mais de 94% de seu patrimônio.
Sam Bankman-Fried, CEO e fundador da FTX, se tornou um dos mais jovens bilionários do mundo ao apostar no mercado de criptomoedas para empreender. Com um crescimento meteórico, a corretora fundada em 2019 o gerou uma fortuna bilionária, a qual Bankman-Fried prometia doar 99% para a caridade.
No entanto, agora a doação não será mais possível, já que com o colapso da FTX, empresa que Bankman-Fried detinha uma participação de 53%, o ex-bilionário está próximo de perder tudo. A FTX está próxima da falência após a Binance, corretora que havia sinalizado intenções de adquirir a companhia, desistir do negócio.
O caso FTX
Tudo começou com uma revelação sobre o balanço da Alameda Research, uma das empresas ligadas à FTX, temores de que a empresa poderia não honrar com seus saques em uma possível crise do mercado começaram a surgir.
Isso porque 30% do balanço da Alameda Research era composto de FTT, um token emitido pela FTX. Com uma crise de liquidez à vista, muitos investidores, incluindo a Binance, maior corretora de criptomoedas do mundo, optaram por vender suas posições em FTT, dando início ao colapso que fez a FTX bloquear os saques em sua plataforma.
Ex-bilionário
Segundo dados do Índice de Bilionários da Bloomberg, o CEO da FTX detinha uma fortuna de cerca de US$ 15,2 bilhões antes do colapso da empresa. Em apenas um dia, suas perdas foram de US$ 14,6 bilhões.
Com mais de 94% de sua fortuna eliminada da noite para o dia, esta foi a maior perda de riqueda que um bilionário já teve, segundo a Bloomberg. Sam Bankman-Fried também deixou de integrar a lista das 500 pessoas mais ricas do mundo da Bloomberg.
“Altruísta eficaz”
Curiosamente, a perda ainda é menor do que o pretendido pelo ex-bilionário, que chegou a afirmar em diversas ocasiões sua intenção de doar 99% de seu patrimônio para a caridade. Na época, sua fortuna era avaliada em US$ 21 bilhões.
Autodenominado “altruísta eficaz”, Sam Bankman-Fried havia prometido realizar doações de grande porte para causas as quais apoiava.
O CEO ficou conhecido como um dos “salvadores” do mercado de criptomoedas, após ter enviado quantias bilionárias para empresas em risco de falência durante o “inverno cripto”, momento de queda na cotação das principais criptomoedas que se estendeu ao longo de 2022.
Ele também foi um dos maiores doadores políticos dos Estados Unidos este ano. Em apoio ao partido democrata, Bankman-Fried prometeu gastar até US$ 1 bilhão com candidatos que estivessem alinhados com a missão de preparar o mundo para futuras pandemias.
No entanto, muitos especularam sobre seu interesse em aprovar regulações de criptomoedas favoráveis à FTX nos Estados Unidos, país com forte influência neste mercado em todo o mundo.
O executivo, que se tornou bilionário antes dos 30 anos, foi de um dos queridinhos do Congresso norte-americano para o protagonista de um dos maiores colapsos do mercado de criptomoedas.
Até o momento, a FTX ainda não explicou como pretende honrar com os saques em sua plataforma, atualmente bloqueados.
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