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Investidores institucionais têm trocado ouro por bitcoin, sugere JPMorgan

Desde outubro, investimentos no principal ativo digital do mundo crescem vertiginosamente, enquanto ETFs de ouro têm queda, mostra relatório do JPMorgan

 (NurPhoto / Colaborador/Getty Images)

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Gabriel Rubinsteinn

Publicado em 9 de novembro de 2020 às 12h10.

Última atualização em 11 de novembro de 2020 às 17h34.

Relatório do banco JPMorgan publicado na sexta-feira (6) e publicado pelo site CoinDesk indica que investidores institucionais têm procurado no bitcoin uma alternativa ao ouro.

Segundo os analistas do banco de investimentos, os fundos de bitcoin da Grayscale — maior custodiante do ativo digital no mundo — tiveram aumento no fluxo de aportes em outubro, enquanto ETFs de ouro listados no mercado internacional tiveram movimento contrário, com "retiradas moderadas" desde a metade do mês.

“Esse contraste dá suporte à ideia de que alguns investidores que anteriormente investiram em ETFs de ouro, como escritórios familiares, podem agora estar olhando para o bitcoin como uma alternativa ao ouro”, afirmam os os analistas do JPMorgan.

O fundo da Grayscale, que atualmente administra 7,6 bilhões de dólares em criptoativos, é atualmente impulsionado tanto pelo varejo quanto por investidores institucionais. Segundo o relatório, "o potencial de alta a longo prazo para o bitcoin é "considerável" caso ele de fato consiga competir mais intensamente com o ouro".

Os analistas do JPMorgan, por outro lado, reconhecem que a competição ainda está longe de se tornar uma realidade. Atualmente, enquanto o market cap do bitcoin gira em torno de 285 bilhões de dólares, o do ouro é de algo perto de 3 trilhões de dólares — e isso considerando apenas ETFs, barras e moedas, ignorando as reservas ainda não exploradas.

A adoção do bitcoin por investidores institucionais e corporações, como o recém-anunciado suporte do PayPal ao ativo digital, também são fatores determinantes para a alta do ativo, cujo valor subiu cerca de 50% desde o início de outubro.

Os analistas do JPMorgan também fazem uma ressalva quanto a isso, afirmando que o ativo "parece estar perto de níveis de sobrecompra, o que pode desencadear a realização de lucros ou significar fluxos de reversão".

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