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Investidor deixa bitcoins intocados por 10 anos e ganha R$ 60 milhões

Dados mostram que investidor adquiriu 315 bitcoins por cerca de R$ 7.900 e os deixou guardados por quase uma década até obter lucro milionário

 (AlexSava/Getty Images)

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Gabriel Rubinsteinn

Publicado em 2 de junho de 2021 às 17h44.

Última atualização em 2 de junho de 2021 às 17h49.

Uma das estratégias mais comuns de investimento, o "buy and hold" (ou "comprar e segurar", na tradução livre) exige conhecimento e paciência - tanto para que as alocações sejam feitas nos ativos adequados, quanto para esperar o longo prazo, até que os frutos (ou lucros) sejam colhidos. A tática não é infalível, mas em algumas situações é muito vantajosa, como no caso de um investidor que ganhou quase 60 milhões de reais fazendo isso com bitcoin.

Dados divulgados pela ferramenta de monitoramento de blockchain Whale Alert mostram que uma carteira de criptomoedas que estava "adormecida" desde 2011 começou a fazer movimentações nesta quarta-feira, 2, transferindo ativos praticamente intocados há quase 10 anos. E com um lucro gigantesco.

De acordo com os dados públicos das movimentações da carteira, o seu proprietário tinha 315 bitcoins, adquiridos em outubro de 2011, quando a criptomoeda valia pouco mais de 5 dólares. Nove anos e oito meses depois, com o bitcoin negociado a cerca de 38 mil dólares, e com apenas 5 bitcoins a menos de saldo, o balanço da carteira era de 11,78 milhões de dólares - quase 60 milhões de reais.

Deixar os ativos intocados por quase uma década é uma façanha e tanto. Considerando que as criptomoedas foram adquiridas a 5 dólares cada, é bastante difícil não pensar em vendê-las quando, dois anos depois, já valiam quase 200 vezes mais - cotadas a quase mil dólares cada, no final de 2013. Se tivesse vendido naquele momento, o investidor teria transformado cerca de 1.550 dólares em mais de 300 mil, em apenas dois anos. A paciência, entretanto, acabou valendo a pena, com um retorno de mais de 7.600 vezes em relação ao investimento inicial.

Outro fato curioso é que a movimentação da carteira acontece quando o bitcoin é negociado a cerca de 60% da sua máxima histórica, perto de 64 mil dólares, registrada em meados de abril. Caso tivesse vendido no pico, há pouco mais de um mês, a carteira teria um saldo equivalente a 20 milhões de dólares, ou mais de 100 milhões de reais.

O lucro milionário pode ter sido planejado por um "HODLer" - como são chamados os investidores de criptomoedas que fazem "buy and hold" - mas também pode ser fruto do acaso. Casos de senhas senhas perdidas ou até carteiras esquecidas são bastante comuns e podem explicar o fato dela ter permanecido intocada por tanto tempo. A resposta, entretanto, somente o investidor pode dar. E, claro, a sua identidade (ainda) não é conhecida.

No curso "Decifrando as Criptomoedas" da EXAME Academy, Nicholas Sacchi, mergulha no universo de criptoativos, com o objetivo de desmistificar e trazer clareza sobre o seu funcionamento. Confira.

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